Após três gestações, ela perdeu 22 kg fazendo treinos de 14 minutos em casa
Mãe de três filhos, Ana Paula Parmagnani dos Santos, 28, priorizou o cuidado com as crianças e deixou de se cuidar. O resultado foi uma alimentação ruim e 87 kg na balança. Sem tempo para ir à academia, ela começou a malhar em casa, mudou o cardápio e conseguiu emagrecer:
"Nunca tive problemas de sobrepeso durante a minha infância e adolescência. Pesava cerca de 60 kg, para 1,65 m de altura. Com 18 anos, engravidei da minha primeira filha, a Maria Valentina. Engordei 12 kg e fiquei dentro do esperado. Tinha uma alimentação balanceada, comia arroz, carne, feijão, frutas, verduras, legumes. Como a Maria mamava bastante, sequei bastante e recuperei o peso em quatro meses.
Em 2013, fiquei grávida do meu segundo filho, o Victor Hugo. Relaxei na gestação em todos os sentidos. Passava muitas horas sem me alimentar. Comia só quando dava e de maneira errada. Em vez de almoçar, comia pão com ovo ou frios, por exemplo. Sempre fui louca por doce e exagerava nas massas. Tomava bastante refrigerante por causa da azia. Fui de 67 kg para 87 kg.
Não era sedentária porque estava sempre em movimento. Minha atividade física era fazer faxina, cozinhar, passar e lavar roupa. A realidade de uma dona de casa com filho. Colocava as tarefas domésticas como prioridade e esquecia de mim, isso foi um erro.
Depois que o Victor Hugo nasceu, foi difícil perder os 20 kg que ganhei. Eu estava insatisfeita com meu peso e não gostava de tirar fotos. Já não conseguia mais colocar um shorts jeans ou uma blusinha curta. Fui do manequim 38 para o 42. Só usava blusa larga e legging.
Como eu não estava bem comigo, isso afetou o meu casamento e a intimidade com o meu marido. Ele nunca me criticou, mas eu achava que ele não gostava de mim. O problema não estava só no meu corpo, mas na minha cabeça.
Em 2016, engravidei do meu terceiro filho, o Luíz Miguel. Engordei 25 kg, fui dos 70 kg aos 95 kg. Eu dizia que tinha que comer por dois e me esbaldava nos bolos, frituras, lanches. Tive um pouco de compulsão alimentar, nunca estava satisfeita, sempre queria mais. Descontava o estresse, o cansaço e a rotina exaustiva na comida. A essa altura já estava muito relaxada e não me cuidava, não me arrumava, não fazia mais o cabelo nem a unha.
Quando o Luíz Miguel nasceu, não usei cinta e fiquei com a barriga flácida. Minha autoestima diminui ainda mais. Não me olhava mais no espelho, não tinha coragem de usar biquíni. Ia para a praia com vergonha, me escondendo. Colocava um dos meus filhos na frente da barriga para tirar foto.
Eu pesquisei na internet e vi, que segundo o meu IMC (Índice de Massa Corporal), eu estava com obesidade grau 1. Olhava as redes sociais de mulheres comuns que tinham conseguido emagrecer. Via as fotos de antes e depois e ficava desconfiada: 'Será que é verdade mesmo'? Acreditando ou não, eu precisava tomar uma decisão e mudar. Achei o Mamãe Sarada, um programa de exercícios voltado para mulheres que tiveram filhos. Os treinos são adaptados para serem feitos em casa sem a necessidade dos aparelhos das academias. As aulas, por vídeos, têm duração de 14 minutos.
Comecei a fazer os exercícios em março de 2017, pesando 87 kg. Treinava na hora que dava, quando as crianças estavam dormindo, brincando ou à noite quando meu marido chegava em casa e ficava com elas.
Às vezes, ia malhar 10h, 11h da noite, o importante era não deixar de fazer os exercícios"
Iniciava com um alongamento para aquecer e, em seguida, fazia a aula. Depois eu subia e descia umas 10 vezes a escada de casa, intercalando com as corridas no quintal e pulando corda. Treinava de segunda a sábado e domingo descansava ou caminhava no parque.
Assim que emagreci, meu corpo ficou mais resistente e comecei a ganhar massa magra. Realizava alguns exercícios usando o peso dos meus filhos. Fazia agachamentos com avanço e passada lateral com uma das crianças nos meus ombros. Executava abdominais estendidos segurando um deles ou com um deles sentado no meu pé etc. Sempre tomava muito cuidado para fazer as repetições com segurança para eles não se machucarem. Eles gostavam, se divertiam e pediam: 'Mãe, me coloca em cima de você?'.
Além dos treinos, voltei a comer de forma saudável e parei de beber cerveja. Evitava massas, doces, frituras, refrigerante. Aumentei a ingestão de frutas, ovos, peito de frango, carne magra, batata-doce, inhame, alface, repolho, tomate, chuchu, rúcula. Diminuí a quantidade da comida. No café da manhã, comia um panini ou pão com ovo mexido e café preto sem açúcar com leite desnatado. No almoço e no jantar eram duas colheres de arroz, uma concha rasa de feijão, salada e uma proteína. Comia de três em três horas e, quando ficava com muita vontade de comer um doce, optava por uma sobremesa menos calórica. Em vez de um bolo de chocolate inteiro, comia uma fatia de um bolo de banana.
No começo não foi fácil mudar a alimentação, é uma fase de adaptação, mas, com o tempo, acostumei a comer bem e isso se tornou um hábito. Não sou de ferro, quando dou uma escorregada, o próprio organismo não aceita muito bem 'essas besteiras'.
Em sete meses, emagreci 22 kg e atingi 65 kg. Foi maravilhosa a sensação de conquista, voltei a me sentir bem comigo mesma e a vestir as roupas que queria. Nesse processo, aprendi que precisava me priorizar.
Entendi que, para poder cuidar bem dos meus filhos, eu precisava primeiramente me cuidar"
Após um ano e e 8 meses dessa mudança, eliminei 29 kg e cheguei a 58 kg. Hoje, continuo fazendo as aulas em casa, mas, na modalidade 'hardcore'. Os treinos têm duração de 20 minutos e são mais intensos. Eu achava que por ser mãe não precisava mais me cuidar, ser vaidosa, tinha que viver só para os meus filhos. Agora, entendo e vivo na prática que posso ser mãe e continuar sendo uma mulher saudável e que se cuida".
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