Aviso na pele: tatuagem informa problemas de saúde para casos de emergência
Fazer uma tatuagem é algo bastante pessoal e as inspirações podem ser as mais variadas: desenhos de animais, traços que simbolizam algo, a imagem de alguém querido, frases inspiradoras, nomes e por aí vai.
Mas você já imaginou deixar marcado na pele a sua condição médica, seu tipo sanguíneo ou nomes de medicamentos aos quais é alérgico? Pois essa é a ideia do projeto "Tatuagem do Bem".
Além de adornarem o corpo, as chamadas tatuagens do bem servem para informar condições médicas de pacientes com doenças crônicas ou alergias. Pensando em ajudar pessoas nessa situação, um tatuador de Vargem Grande do Sul, cidade a 240 km de capital paulista, faz essas tatuagens de graça para quem precisar.
"Para mim, esse projeto foi uma das melhores ideias que já vi. É uma ação solidária que ajuda muito as pessoas. Não cobro nada, mas a gratidão que as pessoas têm por podermos ajudá-las vale muito mais do que qualquer pagamento em dinheiro", diz o tatuador Paulo César de Oliveira, mais conhecido como Fera.
Segundo ele, há seis anos no projeto, mais de 400 pessoas já foram tatuadas gratuitamente. Para fazer o procedimento, basta entrar em contato com ele, contar as alergias ou outras condições médicas que possui e agendar um horário.
"Me sinto livre"
Um gesto simples que significou a liberdade para Edna Ferreira da Silva, 33, auxiliar de serviços gerais. Desde sua última gestação, há seis anos, ela sofre com crises de hipoglicemia —baixo nível de açúcar no sangue.
O problema de saúde, que causa suor, tremedeira, fraqueza, confusão mental e até desmaios, afetou diretamente a sua rotina. Ela é alérgica a dipirona, buscopan, cefalexina e prednisolona, e chegou a ser medicada erroneamente pelo menos três vezes. Situação que a fez parar de sair de casa desacompanhada.
"Como minhas crises são fortes, muitas vezes perco a consciência ou fico muito confusa e, por isso, ao ser hospitalizada já recebi medicação da qual sou alérgica. No almoço de Natal eu desmaiei, fui levada para o hospital e fui medicada com dipirona. Por causa disso tive que ficar três dias internada tomando outro remédio para cortar o efeito da primeira medicação", explica.
Em janeiro, a auxiliar ficou sabendo do projeto "Tatuagem do Bem" e logo agendou sua sessão. Tatuou a lista dos medicamentos a que é alérgica no braço, bem próximo do local onde é aferida a pressão e ficou mais tranquila.
"Agora me sinto livre. Sei que posso sair sozinha de casa que, se eu passar mal, não serei medicada de forma errada. Todos verão o meu problema de saúde e o que não posso ingerir. Me sinto muita mais segura", diz.
Fonte: Tarissa Petry, endocrinologista do Centro de Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP).
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