Coronavírus: saiba quais cuidados tomar para evitar transmissão em elevador
Uma mensagem circulando no Whatsapp afirma que o uso do elevador em condomínios é a principal razão da transmissão comunitária do novo coronavírus em bairros dois bairros de Recife, Boa Viagem e Casa Forte.
De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do Recife, publicado na última terça-feira (21), Boa Viagem é o bairro com o maior número de casos (185) e, com seis mortes, o segundo no total de óbitos devido à Covid-19. Já Casa Forte não tem óbitos notificados e não é uma considerada uma das regiões mais afetadas, contabilizando 29 casos.
Além disso, não há estudos que comprovem a relação e, apesar de existir risco de contaminação, ele não é maior do que em outros ambientes e há medidas de segurança para minimizá-lo.
A mensagem informa o vírus fica em suspensão por determinado período de tempo. "Uma pessoa contaminada respirando, deixa o ar do elevador contaminado por alguns minutos e as superfícies metálicas por até 7 dias. Sendo assim, jamais entre no elevador sem máscara ou manuseie botões (usar chave do carro, cotovelo e depois os desinfetar também), evite encostar na estrutura do elevador e jamais divida o elevador com outra pessoa que não seja da mesma casa sua", diz.
De o acordo com um estudo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), o vírus permanece por até três horas após ser expelido por tosse, espirro ou exalado por uma pessoa infectada. No entanto, os autores ressaltaram que ainda não está claro se a doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa pelo ar.
As orientações de segurança, no entanto, estão corretas. O melhor é evitar contato próximo com pessoas que não moram na mesma casa que você — especialmente se alguém estiver sem máscara — e tentar não encostar em nada, já que o vírus sobrevive por horas ou até dias em diferentes superfícies.
De acordo com a recomendação de especialistas entrevistados pelo VivaBem, no entanto, não é necessário usar as escadas —inclusive por muitas pessoas não terem condições físicas para subir até seus andares — e, sim, higienizar as mãos e objetos após usar o elevador.
"Se for subir de escada, o cuidado também vale para quem tocou em corrimões e maçanetas", explica Paulo Olzon, infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Por fim, o texto que circula na rede social afirma que "mudando essa postura em massa, deveremos ter uma baixa nos índices de infecção por Covid-19 nos próximos 15 dias", o que também não é verdade. A diminuição de casos depende de uma série de cuidados da população e ambientes com maior número de pessoas — como shoppings e transportes públicos — estatisticamente oferecem maior risco de contaminação.
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