'Sem fila única, pobres vão morrer e ricos se salvar', afirma sanitarista
O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto defende a instauração de uma fila única para tratar os casos de coronavírus no Brasil.
"Dói, mas tem que fazer. Por que se não brasileiros pobres vão morrer e brasileiros ricos vão se salvar. Não tem cabimento isso", afirmou no UOL Debate de hoje.
Usando dados que mostram que o número total de leitos aumenta se unir o setor privado ao SUS, o professor da Faculdade de Medicina da USP defendeu seu ponto de vista.
"O SUS tem sete leitos por 100 mil habitantes e o setor privado tem 32,5 leitos por 100 mil habitantes. Se juntar os dois, o Brasil fica com 14,4 leitos por 100 mil habitantes. Está na cara o que precisa que ser feito", disse Vecina Neto.
Ricardo Nicolau, diretor do Hospital de Campanha de Manaus, concorda. "Sem dúvidas que temos que unir tudo, todos os leitos disponíveis, privados e públicos para atender a população", disse.
Contudo, Nicolau defende um sistema de "regulação" dentro da fila única. "A fila única não pode ser exata. Ela precisa passar pela regulação. Uma regulação bem feita, analisando os critérios clínicos dos pacientes"
Para Vecina Neto, a iniciativa de negociar a junção tem que partir do poder público. "Os governantes têm que sentar com os proprietários dos hospitais privados e organizar uma fila única, ver quanto custa e reembolsar esse gasto", orientou.
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