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Dany Bananinha é criticada por deixar cadela e filha juntas; tem perigo?

Dany Bananinha com a filha, Lara, e a cachorrinha de estimação, Beatriz - Reprodução / Instagram
Dany Bananinha com a filha, Lara, e a cachorrinha de estimação, Beatriz Imagem: Reprodução / Instagram

Do VivaBem, em São Paulo

02/05/2020 11h29

Dany Bananinha rebateu uma seguidora que a criticou nas redes sociais após ela compartilhar uma foto de sua filha recém-nascida, Lara, com a sua cadela de estimação, Beatriz.

"Maluca, tira esse cachorro de perto da bebê, tu é louca mesmo, tua nenê é muito novinha", comentou a seguidora. A assistente de palco do programa Caldeirão do Huck devolveu a crítica, dizendo que não havia perguntado a opinião de ninguém. "As filhas são minhas e eu faço o que eu quiser com elas, principalmente estarem juntas", disparou.

Não é de hoje que as mães que possuem animais de estimação precisam lidar com o preconceito ao manter bebê e pet próximos. Mas, afinal, há mesmo algum perigo?

Convivência é benéfica, mas precisa de cuidados

Os benefícios de se ter um animal de estimação já são conhecidos há tempos pela medicina, que reconhece os ganhos para a saúde mental e para o sistema imunológico.

Um estudo realizado pela Imperial College London, por exemplo, constatou que ter um cachorro até os três anos de idade pode ajudar a reduzir o desenvolvimento de asma na pessoa na idade adulta.

No entanto, essa relação precisa de monitoramento e cuidados, especialmente os primeiros anos de vida, quando acidentes podem acontecer. O principal problema são as mordidas e arranhões que, mesmo sem ser intencionais, podem desencadear infecções.

Cães e gatos também podem transmitir para humanos o vírus da raiva, que é incurável e pode matar. Para "pegá-lo", a pessoa precisa ser mordida ou arranhada por um animal doente. Os sintomas começam com coceira e dor de cabeça e evoluem, em questão de dias, para febre, vômitos, convulsões e coma. O problema é tão grave que vacinar o animal contra a doença é obrigatório no Brasil.

Por isso, é importante que bebês e crianças pequenas sejam expostos aos animais da casa sempre sob supervisão de um adulto, que deve mediar o contato e evitar se aproximar demais caso o animal dê sinais de incômodo.

A criança também nunca deve ser deixada sozinha no cômodo com o animal. Por fim, mantenha o animal da casa com as vacinas sempre em dia e com acompanhamento veterinário regular.

Meu pet mordeu. E agora?

Cães e gatos (mas também outros tipos de pets) costumam morder quando sentem-se ameaçados ou mesmo incomodados com alguma aproximação ou comportamento dos humanos.

Quando isso acontece, os tipos mais comuns de lesões são arranhões, perfuração, dilaceração e esmagamento. Em cortes mais profundos, há ainda o risco de afetar nervos e tendões. Para reduzir a chance de infecções, é importante lavar o corte com água corrente e sabão ou soro fisiológico; estancar o sangramento com um curativo compressivo; e buscar atendimento médico independente do grau e da seriedade da lesão.

A avaliação médica permitirá avaliar se é necessário o uso de antibióticos para reduzir as chances de infecções. Há ainda a possibilidade de tomar anti-inflamatórios e analgésicos, caso a dor seja muito forte.

É importante lembrar que uma mordida de cachorro, por mais leve que seja, nunca deve ser menosprezada: qualquer arranhão pode ser porta de entrada para microrganismos que causam infecções. Pessoas com doenças preexistentes, como diabetes ou imunodeprimidas, devem ter atenção redobrada pois correm mais risco.

Quanto ao animal, lembre-se de que ele teve uma reação instintiva a um sentimento como medo ou incômodo. Portanto, não o mate. Mantenha-o seguro, recebendo alimentação e comida por 10 dias, para que possa ser examinado posteriormente para identificar qualquer sinal de doença, como a raiva.

* com informações de reportagens publicadas em 09/09/2019 e 17/01/2020.