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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Por que a crise da covid-19 pode causar milhões de casos de tuberculose

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Imagem: Istock

Giulia Granchi

Do VivaBem, em São Paulo

06/05/2020 11h56

Uma nova pesquisa prevê um grande aumento nos casos globais de tuberculose nos próximos cinco anos, em parte devido às consequências das restrições globais impostas para repelir o surto de coronavírus.

De acordo com o estudo publicado pela Stop TB Partnership, uma inicitiva de diversas organizações para eliminar a doença, as medidas de isolamento social provavelmente levarão a 6,3 milhões de novos casos e 1,3 milhão de mortes a mais pela doença até 2025, já que muitos pacientes não serão diagnosticados nem tratados.

A análise foi feita em parceria com o College London, Avenir Health, Johns Hopkins University e USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional).

Embora as restrições relacionadas ao novo coronavírus possam durar apenas alguns meses, o estudo aponta que a consequência pode ser um atraso de até oito anos no diagnóstico e tratamento da tuberculose.

Para minimizar os danos, o estudo aconselha a busca ativa por diagnósticos de novos casos, o intenso envolvimento da comunidade e o rastreamento por meio de ferramentas digitais.

O que é a tuberculose?*

Trata-se de uma doença infecciosa causada por um tipo de bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis —que é transmitida por meio de aerossóis (partículas líquidas minúsculas) produzidos pela tosse, espirros ou fala.

Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, ela é um sério problema de saúde pública, e os dados do Ministério da Saúde revelam que, aqui, todos os anos, os casos somam 70 mil, e os óbitos chegam a cerca de 4.500.

O principal sintoma da tuberculose é a tosse —seca ou produtiva (com secreção e, por vezes, com estrias de sangue), que persiste por mais de 3 semanas. Além disso, os pacientes podem notar sinais como falta de ar, perda de peso, sudorese e febre. Neste caso, é importante buscar ajuda médica o quanto antes.

*Com informações da reportagem de Cristina Almeida