Ludmilla é internada com pielonefrite aguda; entenda o quadro
Após sentir fortes dores abdominais, a cantora Ludmilla foi internada ontem em hospital no Rio de Janeiro. De acordo com informações divulgadas pela assessoria, a artista foi diagnosticada com pielonefrite aguda (um processo inflamatório no rim). "Ludmilla foi medicada e passa bem, seu quadro é estável, devendo receber alta em breve", diz a nota.
O problema que a cantora apresenta é um tipo de apresentação menos comum da infecção urinária.
"A infecção urinária mais comum é chamada de cistite, chamamos de infecção urinária baixa. Quando ela não é tratada de forma adequada e há ascensão das bactérias pelo trato urinário ou, eventualmente, por outros mecanismos, as bactérias causadoras da infecção atingem os rins e estruturas adjacentes, causando a pielonefrite", explica Gustavo Ferreira da Mata, nefrologista da Santa Casa de São José dos Campos.
As principais bactérias que causam a infecção urinária são organismos que vivem em nosso corpo normalmente, no trato intestinal, mas, quando mudam de local — como sair do intestino e passam a habitar o trato urinário — podem causar infecção.
Sintomas
- Febre
- Dor lombar
- Ardor ou dor ao fazer xixi
- Pressão ou dor no baixo ventre (abaixo da barriga)
- Vontade de fazer xixi o tempo todo, mas ao ir ao banheiro quase não há o que urinar
- Xixi escuro, com sangue ou odor diferente
- Cansaço ou mal-estar
Diagnóstico e tratamento
Em um primeiro momento, o diagnóstico é feito pela descrição dos sintomas do paciente. Depois, o médico solicita testes de urina para a confirmação.
"Além do exame de urina 1, mais simples e com resultado rápido, o especialista também pode pedir uma urocultura com antibiograma, no qual a urina é colocada em uma placa de cultura e, após identificar a bactéria, se torna possível testar alguns antibióticos e ver qual funciona melhor. Mas o teste demora entre 48 e 72 horas, então, o paciente necessita ser medicado antibiótico antes do resultado, sendo necessária a reavaliação assim que o resultado do exame estiver disponível", indica o médico.
Dependendo da gravidade do caso, também é possível que os médicos peçam um parâmetro para estimar a função renal, utilizando-se do exame que detecta a quantidade de creatinina (resíduos que os rins geralmente eliminam na urina) no sangue e hemograma para avaliar o aumento dos leucócitos (células de defesa que indicam a atividade inflamatória), e ultrassom para checar se há abcessos ou cálculos urinários.
Como prevenir infecções urinárias*
- Tome água com frequência A quantidade ideal varia para cada pessoa, por isso uma dica simples é observar se a urina está sempre clara. Se estiver concentrada, é sinal de que é preciso tomar mais líquido.
- Não espere a vontade apertar A bexiga deve ser esvaziada no mínimo a cada quatro horas; para quem é muito ocupado ou esquece de ir ao banheiro, o alarme do celular pode ser útil.
- Relaxe na hora de fazer xixi Se houver a sensação de que sobrou urina na bexiga, faça uma forcinha.
- Faça xixi logo após as relações sexuais O jato de urina ajuda a "lavar" as vias urinárias.
- Evite passar muito tempo com roupas íntimas molhadas e prefira peças feitas com tecidos que absorvem o suor, como algodão.
- Use camisinha e faça exames de rotina para afastar o risco de DST. E depois do sexo anal, troque o preservativo caso volte à penetração vaginal.
- Troque fraldas e absorventes com frequência Isso evita a exposição da uretra a bactérias.
- Ensine as meninas a fazer a higiene íntima sempre de frente para trás.
- Cremes vaginais com estrogênio podem evitar o risco de infecções urinárias nas mulheres durante a menopausa.
- Considere o tratamento da próstata, caso essa seja a causa de infecções recorrentes
* Com informações da reportagem de Tatiana Pronin, publicada em 26/02/2019.
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