Níveis normais de albumina e cálcio previnem progressão da covid-19
Controlar os níveis de cálcio e albumina (uma proteína) no sangue no início dos sintomas da covid-19 pode evitar que a progressão da gravidade do quadro. É o que diz um estudo feito por pesquisadores da Mayo Clinic e publicado pelo periódico Gastroenterology.
A pesquisa analisou os dados coletados de autópsias de pacientes que morreram por complicações do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e comparou com informações de pacientes que morreram após falência de órgãos causada pela liberação de ácidos graxos insaturados.
De acordo com os pesquisadores, o receptor do vírus no corpo humano, conhecido como ACE-2, aparece em células adiposas e pancreáticas que atuam liberando enzimas para quebrar a gordura; o problema é que, nesse processo, são liberados ácidos graxos insaturados que não apenas consomem o cálcio sérico e a albumina como também ferem os órgãos vitais, o que pode levar à morte.
Suplementar esses dois nutrientes desde o início da infecção para manter os níveis normais desses dois nutrientes no organismo poderia, então, ajudar a neutralizar os ácidos graxos insaturados e evitar a falência de órgãos — oferecendo ao corpo do paciente um tempo precioso para combater a doença.
De acordo com o pesquisador Vijay Singh, da Mayo Clinic no Arizona, a descoberta pode prevenir os casos severos de covid-19 de forma simples, já que esse tipo de suplementação é seguro e pode ser facilmente colocada à prova em testes clínicos. Além disso, tanto o cálcio como a albumina são nutrientes facilmente encontrados para esse tipo de aplicação.
O que é gordura insaturada?
A gordura recebe esse nome por conta da sua estrutura química. Ela se torna insaturada quando realiza uma ou mais ligações duplas entre os átomos de carbono que compõem sua estrutura. Isso faz com que elas tenham um aspecto mais maleável em temperatura ambiente.
Encontrada em alimentos como óleos vegetais, castanhas e peixes, ela é considerada benéfica para o corpo desde que consumida com moderação.
Um ponto interessante apontado no estudo da Mayo Clinic é que, nos países em que o consumo per capita desse tipo de gordura era alto, as taxas de mortalidade relatadas durante as semanas de pico da doença também foram altas.
Já o consumo de gorduras saturadas (consideradas prejudiciais ao corpo quando consumidas em excesso), de acordo com Singh, se mostrou um fator protetor para a evolução da doença
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