39% dos americanos usam métodos de limpeza perigosos contra coronavírus
Uma pesquisa feita pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) revelou que quase 40% dos americanos estão utilizando métodos de limpeza perigosos para a saúde para se proteger do novo coronavírus. O estudo foi publicado no dia 5 de junho e questionou 502 adultos sobre práticas relacionadas à limpeza e desinfecção de residências durante a pandemia.
Os resultados mostraram dados assustadores, como 4% dos entrevistados dizendo que beberam ou engarrafaram soluções diluídas de água sanitária, água com sabão e outras soluções de limpeza e desinfetantes. Ou então que 6% inalaram esses produtos e 18% tentaram limpar as mãos e a pele com esses desinfetantes.
Comportamentos do tipo fizeram com que 25% dos entrevistados tivessem pelo menos um efeito adverso à saúde, como irritação no nariz, na pele e nos olhos, tontura dor de cabeça, dor de estômago ou problemas respiratórios.
O CDC alerta para a leitura dos rótulos desses produtos, assim como o uso de proteção quando for usá-los, como luvas, e não misturar os químicos. "Devemos enfatizar a prevenção de práticas de alto risco, como preparação insegura de soluções de limpeza e desinfetantes, uso de alvejante em produtos alimentícios, aplicação de produtos de limpeza e desinfetantes para a pele e inalação ou ingestão de produtos de limpeza e desinfetantes", comunicou.
Como se proteger com segurança
É bom lembrar que ainda não se sabe qual o grau de risco de infecção por meio de superfícies. Por esse motivo, é importante higienizar as chamadas de "alto toque". "O problema não é chão, parede ou teto. O problema é maçaneta, teclado do computador, celular. São objetos que a gente toca mais e pode se contaminar", diz Carlos Magno Fortaleza, médico infectologista e membro da diretoria da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia).
Invista nestes produtos para higienizar ambientes e matar o coronavírus:
- Água sanitária
- Desinfetantes em geral
- Limpadores multiuso com cloro
- Limpadores multiuso com álcool
- Álcool de limpeza (líquido, com concentração entre 60% e 80%)
- Detergente
- Sabão
Quando se trata de alimentos, vale ressaltar que o vírus não é um ser vivo e, portanto, não é capaz de se multiplicar nos alimentos, como fazem as bactérias. Vírus precisam infectar células para se replicar. O alimento ou sua embalagem são apenas veículos, ou seja, podem ter a superfície contaminada caso tenham sido manipulados por alguém com a doença, assim como uma maçaneta de porta ou qualquer outro objeto. Basta higienizar que não há problema.
Para alimentos que serão consumidos crus, como os vegetais folhosos, a recomendação do FoRC, Centro de Pesquisa em Alimentos da USP, é remover as folhas externas ou danificadas, separar as folhas uma a uma, lavá-las com água tratada abundante e deixá-las em imersão, por 15 minutos, em uma solução de água sanitária (uma colher de sopa diluída em um litro de água), lavando-as depois com água tratada corrente novamente.
Para vegetais não folhosos e frutas, mesmo as que serão consumidas sem a casca, o procedimento deve ser o mesmo. Os produtos comerciais à base de cloro para desinfecção de vegetais são eficientes para eliminar a contaminação microbiana e prevenir a contaminação cruzada. Esses procedimentos são eficientes contra bactérias e vírus. Não usar água sanitária que contenha outras substâncias na sua composição, pois podem ser tóxicas para o organismo humano. "O vinagre para fins culinários não tem efeito sanitizante", esclarece o grupo.
O tratamento dos alimentos pelo calor, como cozimento e fritura, quando feito corretamente, elimina os vírus caso estejam contaminando o produto cru.
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