Aproveite o Dia dos Namorados e conheça sex toys que fazem bem à saúde
Ter uma vida sexual prazerosa e gratificante fortalece o vínculo e a cumplicidade entre os casais, melhora a qualidade do sono, promove bem-estar e eleva a autoestima. Os brinquedos eróticos têm um papel fundamental para obter tudo isso: além de ajudarem a criar e realizar fantasias e a levar um tom mais lúdico para a cama, alguns têm uma função terapêutica que auxilia no combate de problemas de ereção, dor e vaginismo.
Não é à toa que ginecologistas, urologistas e especialistas em sexualidade humana aconselham o uso. Conheça melhor os benefícios para a saúde dos produtos mais recomendados.
Vibrador básico
O modelo mais simples de vibrador, com controle de velocidade, já é o suficiente para melhorar a circulação sanguínea local. Além disso, a massagem provocada pelos movimentos tonifica os tecidos da área e estimula a lubrificação vaginal.
Outra vantagem é ajudar na percepção de zonas erógenas e como instrumento para exercícios de pompoarismo —que devem ser orientados por uma ginecologista e/ou fisioterapeuta pélvica.
Anel peniano
Na forma de um anel, é um brinquedo sexual para homens que é colocado na base do pênis, durante a ereção, e deve ser mantido na relação. Ele não apenas ajuda a enrijecer o pênis, mas também retarda a ejaculação para um prazer compartilhado garantido.
O acessório também é indicado para casos de disfunção erétil ocasionada por "fuga venosa" —uma espécie de falha no mecanismo fisiológico responsável por impedir a saída de sangue do pênis no momento da ereção. Os modelos produzidos com silicone são os mais confortáveis. Alguns modelos vêm com uma cápsula vibratória e apresentam texturas próprias para maior estímulo da parceira.
Bolas de pompoarismo
Seja nas lojas físicas ou nas butiques eróticas online, as bolas de pompoarismo têm sido cada vez mais procuradas pelo público feminino. Há modelos de todos os tipos e funções: vibratórias, com duas ou mais esferas, de plástico ou de silicone soft touch, em cordão...
A proposta, via de regra, é sempre a mesma: exercitar os músculos vaginais. O pompoarismo é uma técnica milenar que teve origem na Índia, foi aperfeiçoada na Tailândia e ganhou repercussão no Ocidente nos anos 1940 por causa do ginecologista americano Arnold Kegel (1894-1981). É por isso que os movimentos —imagine tentar reter o xixi com a "força" da vagina e depois soltá-lo, repetindo a ação de forma voluntária várias vezes— são conhecidos como Exercícios de Kegel.
O treino com as bolas, também chamadas de Ben-Wa, combate a flacidez local, atenua os sintomas da menopausa, auxilia na lubrificação vaginal, suaviza sintomas da TPM (tensão pré-menstrual) como cólicas, fortalece o assoalho pélvico, ajuda na preparação do parto normal, melhora o funcionamento do intestino e faz parte do tratamento de problemas ginecológicos como incontinência urinária e vaginismo.
Cones vaginais
Também integram a prática do pompoarismo com o intuito principal de auxiliar no tratamento da incontinência e outros problemas do trato urinário. Cada um dos cones tem um determinado peso, que pode variar de 20 g a 70 g. Outro benefício é ajudar as mulheres que sofrem de vaginismo, a contração involuntária dos músculos vaginais na hora da penetração.
Dilatadores vaginais
Eles apareceram em um dos episódios de "Sex Education", série da Netflix que fala da sexualidade na adolescência (e na idade madura também, vale ressaltar) de forma aberta e franca. Lilly (Tanya Reynolds) sofre de vaginismo e usa os dilatadores para se masturbar e, aos poucos, deixar de sentir desconforto ao ser penetrada.
Os ginecologistas recomendam o uso de dilatadores para dar flexibilidade ao tecido vaginal através de exercícios. Para bons resultados, o ideal é que os dilatadores —de tamanho gradativo— sejam flexíveis, alongados, macios, fáceis de utilizar, leves e seguros, ou seja, que tenham base de apoio para não "escorregarem" para dentro da vagina.
Dilatadores anais
Sua função não é apenas tornar mais cômoda a penetração durante o sexo anal —ou servir como sex toy das preliminares para a prática. Na verdade, assim como os dilatadores vaginais, os anais têm tamanhos diferentes e servem para ajudar em tratamentos pós-cirúrgicos e em outras condições que necessitam da dilatação muscular do tecido pélvico. Deve-se iniciar pelo dilatador de menor tamanho e com a evolução do tratamento ir realizando a troca gradativamente.
Massageador pélvico
Mais do que facilitar a exploração e o estímulo de zonas erógenas durante o sexo, esse acessório foi desenvolvido para auxiliar na saúde íntima de homens e mulheres. O massageador pélvico pode ser usado por profissionais em seus consultórios ou por pacientes em sua casa.
Ele serve para massagear e comprimir os músculos do assoalho pélvico que tenham disfunções musculares. São quatro modos de uso: intravaginal, intra-anal e na região externa do períneo e pelve. Também pode ser usado por mulheres com dificuldade de chegar ao orgasmo.
Fontes: Elsa Aida Gay de Pereyra, coordenadora do Ambulatório de Sexualidade Humana da Clínica de Ginecologia do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Tatiana Presser, psicóloga, sexóloga e autora do livro "Vem Transar Comigo" (Ed. Rocco) e Valter Javaroni, urologista e membro da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia/Regional RJ).
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