Estudo da Ufam busca medicamentos livres de patentes para tratar covid-19
Um estudo em andamento da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) pretende apresentar uma série de medicamentos com patentes vencidas que podem ser utilizadas pela comunidade científicas em pesquisas para o tratamento do novo coronavírus. A informação foi divulgada hoje pelo governo amazonense.
Segundo a coordenadora do grupo de pesquisa Gestão da Informação e do Conhecimento na Amazônia (Gica) da FIC, Célia Regina Simonetti Barbalho, diversas substâncias químicas empregadas contra os sintomas da covid-19 têm tecnologias protegidas por patentes. No entanto, a pesquisa quer encontrar e listar métodos de domínio público para o combate à pandemia.
"Sabemos que o direito de propriedade industrial existe por um determinado período de tempo e que, ao finalizar esse tempo, é permitido que qualquer pessoa possa empregar a tecnologia resguardada. É nesse nicho que seguem os estudos do Gica: uma investigação sobre as patentes vencidas, cujo conhecimento se encontra em domínio público e pode ser apropriado para o combate ao novo coronavírus", explicou.
O estudo conta com o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas. Na primeira etapa, foram encontradas 1.329 patentes vencidas, inclusive para uso com a família do coronavírus. Da lista, 20,14% das patentes estão relacionadas a antivirais.
O estudo agora passará por uma análise mais profunda para dimensionar conhecimentos sobre as tecnologias disponíveis. Segundo Leonardo Silva, chefe do Departamento de Extensão Tecnológica e Inovação da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação, o estudo abre um viés de inovação importante.
"As pesquisas científicas correm contra o tempo na busca de uma solução segura para o tratamento do novo coronavírus, e esse estudo pode encurtar o tempo, identificando medicamentos que já estão livres para uso no mercado. Nesse sentido, os softwares, as plataformas e outras ferramentas tecnológicas de busca de patentes tornam-se eficazes, na medida em que a rapidez da informação pode ajudar a salvar vidas", acredita Silva.
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