Não consigo ficar em locais com barulho ou música alta. Tenho fobia social?
Não. Fobia social, ou TAS (Transtorno de Ansiedade Social) é o medo excessivo de contato com outras pessoas e de sofrer algum tipo de avaliação negativa desse grupo. Entre as diversas situações que podem desencadear o problema estão falar com desconhecidos, ou até mesmo amigos, atravessar um ambiente onde há várias pessoas, falar em reuniões de trabalho na presença do chefe, escrever, comer ou beber na frente dos outros, participar de dinâmicas de grupo, flertar e falar em público.
E são vários os sintomas ligados à fobia social. Vão desde sinais físicos, como taquicardia, sudorese, tremor, boca seca, como também sinais psíquicos, que envolvem medo, autodepreciação, sentimentos de vergonha e humilhação. Por conta disso, muitos indivíduos acabam evitando eventos sociais ou momentos em público, o que pode trazer prejuízos não só no corpo e na mente, mas também nas áreas profissional, acadêmica e pessoal.
As causas do desenvolvimento do transtorno podem ser genéticas ou ambientais. No segundo caso, alguns momentos podem desencadear o problema, como por exemplo, parentes que enfatizam muito a opinião alheia, ou que desencorajam o filho a participar de atividades sociais. Por isso, o transtorno costuma surgir no fim da infância ou começo da adolescência, época em que as crianças estão mais propensas ao bullying, assim como à inibição social ou timidez. Já na fase adulta, o problema pode ter o gatilho após algum evento traumático.
O tratamento deve ser realizado em conjunto com o psicólogo e o psiquiatra. O primeiro será responsável pela Terapia Cognitivo-Comportamental. Já o médico é quem está apto a avaliar o uso de algum medicamento a fim de controlar a ansiedade. Atualmente, muitos profissionais têm usado também da realidade virtual para ajudar quem sofre com a fobia social. Com todas essas formas de tratamento, é possível que a pessoa consiga controlar o transtorno e siga uma vida sem o medo de interagir com outros indivíduos.
Fontes: Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria); Cristiane Maluhy Gebara, psicóloga, colaboradora do IPq (Instituto de Psiquiatria) da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); e Yuri Busin, psicólogo, mestre e doutor em neurociência do comportamento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e diretor do CASME (Centro de Atenção à Saúde Mental - Equilíbrio).
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