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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Qual a relação entre azitromicina, usada por Bruno Covas, e a covid-19?

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), em coletiva de imprensa sobre o anúncio de medidas de combate ao coronavírus - 8.jun.2020 - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), em coletiva de imprensa sobre o anúncio de medidas de combate ao coronavírus Imagem: 8.jun.2020 - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Gabriela Ingrid

Do VivaBem, em São Paulo

16/06/2020 18h36

Bruno Covas revelou, em seu perfil no Instagram na segunda-feira (15), que está tomando azitromicina. "Em nome da transparência que entendo necessária quando um político adoece, esclareço que estou tomando o medicamento prescrito pelo meu médico", disse, na rede social.

O prefeito de São Paulo anunciou no sábado (13) que está com covid-19, mas não relacionou o uso do medicamento como um "tratamento" da doença. Embora a azitromicina, associada à hidroxicloroquina, seja um dos medicamentos usados em estudos relacionados ao coronavírus, o remédio não tem eficácia comprovada contra o vírus.

Aliás, até o momento, não existem medicamentos ou terapias aprovadas pelas autoridades médicas e sanitárias para prevenir ou tratar a covid-19.

Sobre a relação entre o medicamento tomado pelo prefeito e o coronavírus, a própria Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já comentou: "Azitromicina é um antibiótico e, portanto, não ataca vírus. Os antibióticos são indicados apenas contra bactérias."

Covas deve estar usando o remédio justamente para prevenir ou tratar infecções respiratórias relacionadas à doença. É natural, por exemplo, que uma infecção viral desencadeie uma pneumonia bacteriana.

É por esse motivo que o tratamento da covid-19 é baseado em, além de controlar os sintomas, fazer uma proteção preventiva contra infecções secundárias, que podem agravar o quadro.

O prefeito da capital paulista está em tratamento para conter um câncer no trato digestivo e, portanto, enquadra-se no grupo de risco. Pacientes com câncer ficam mais vulneráveis no caso de uma infecção pelo coronavírus e podem ter uma evolução mais agressiva.

No vídeo publicado, Covas diz que está bem e sem dores. Além disso, afirma que "remédio não é de esquerda ou de direita" e lamenta que alguns queiram politizar a escolha do medicamento. O prefeito ainda alerta: "Só tome o remédio que o seu médico prescreveu para você".