Durante a pandemia descarte de resíduos domiciliares exige cuidados
A pandemia acendeu o alerta para todos a respeito do cuidado que devemos ter com o saneamento básico e o descarte de resíduos hospitalares e também domiciliares. É justamente sobre os resíduos que produzimos em casa, que podem ser um risco para as pessoas, que a FSP-USP (Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo) fez uma pesquisa que já trouxe resultados. Quem fala sobre o assunto é Wanda Günther, professora do Departamento de Saúde Ambiental da FSP.
Wanda conta que objetivo central da pesquisa foi conhecer a percepção do comportamento da população em suas casas, com o início da pandemia. "A pandemia trouxe um aumento não só do volume, mas na composição dos resíduos", explica a coordenadora do Programa de Pós-Graduação Ambiente, Saúde e Sustentabilidade da FSP.
Inclusive pessoas que foram diagnosticadas com a covid-19 passam a gerar resíduos com características biológicas de infectividade, como nos hospitais. Isso representa um risco, já que o vírus sars-cov-2 pode ficar até nove dias em superfícies, a depender do material. Apesar disso, a professora lembra que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention - CDC), dos EUA, considerou de baixo risco o contágio dessa forma.
De acordo com Wanda, a pesquisa mostrou que 43% das pessoas não receberam nenhuma informação sobre a questão dos resíduos, 40% foram informadas pela mídia tradicional e outras 39% receberam informações pelo celular, porcentagens representativas. A professora apresenta algumas das diversas recomendações para este momento, como o descarte de máscaras de pessoas não infectadas no lixo comum (idealmente dentro de um saquinho menor). Para aqueles que estão infectados dentro de casa, a melhor medida é a pessoa que estiver isolada (preferencialmente) recolher seu próprio lixo e uma outra, sem contato com ela, receber o lixo em outra sacola maior, identificando com alguma etiqueta "covid/coronavírus". Assim, quem tiver contato com o material, posteriormente, pode ter mais cuidado.
"É uma medida de prevenção a mais", comenta Wanda, que integra o Comitê de Apoio à Gestão Ambiental do Estado de São Paulo. Ela ressalta que já há uma percepção e observação das pessoas para os diferentes resíduos, até mesmo para aqueles que podem ser reciclados ou não. A pesquisa apontou que as pessoas se mostram interessadas em assuntos sobre resíduos, sobretudo nos casos em que não há coleta de medicamentos vencidos pelas farmácias. Ao todo, o estudo alcançou 24 das 27 unidades federativas do Brasil, com 2.154 respostas em 275 municípios.
Ouça a entrevista completa no site do Jornal da USP.
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