Coronavírus: SP espera aval da Anvisa na próxima semana para testar vacina
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou hoje que espera ter o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) até a próxima semana para começar os testes no estado com uma vacina para o novo coronavírus. No entanto, não há prazos para o início dos testes.
A vacina é parte de um acordo, anunciado no início do mês, do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac Biotech. Ao todo, nove mil pessoas deverão participar dos testes.
"Todos nós estamos torcendo pela vacina, seja a vacina que o Instituto Butantan e o laboratório chinês estão desenvolvendo — e agora no mês de julho, volto a reafirmar que iniciaremos os testes com nove mil voluntários. E para nossa satisfação também, a vacina inglesa (da Universidade de Oxford) começa os testes com cinco mil voluntários aqui no Brasil. Estamos na boa e positiva corrida contra o coronavírus", disse Doria, que conversou na manhã de hoje com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
"A expectativa dele é que, no início da próxima semana, já tenhamos a autorização da Anvisa para os testes com nove mil voluntários no estado de São Paulo. Creio que até a próxima quarta-feira", acrescentou o governador paulista.
Segundo dados contabilizados até as 17h de ontem pelo Governo de São Paulo, o estado já contabilizou 248.587 casos da covid-19 desde o início da pandemia, com 13.759 óbitos causados pela doença. Ao todo, 611 municípios paulistas já confirmaram casos do vírus.
Imunidade: atenção a pacientes recuperados
Mesmo entre os pacientes que já pegaram a doença e se curaram, é preciso cuidado. De acordo com o coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo, João Gabbardo, ainda não há estudos sólidos a respeito da imunidade em quem se recuperou.
"As certezas que temos são menores que as dúvidas e do que ainda tem que ser pesquisado. Não podemos afirmar que essa imunidade seja permanente, como não podemos dizer que isso (imunidade) não pode ocorrer", disse Gabbardo, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde na gestão de Luiz Henrique Mandetta.
"Não podemos afirmar nem que ela seja definitiva, mas não podemos dizer que não tenhamos, por um certo tempo, uma imunidade contra o coronavírus", completou.
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