Falar palavrão ao se machucar aumenta tolerância à dor, diz estudo
Quem nunca falou palavrão ao bater o pé na quina de um móvel que atire a primeira pedra. Mas não pense que soltar o verbo é apenas um ato grosseiro. De acordo com um estudo publicado em abril no periódico Frontiers in Psychology, os impropérios também aumentam a tolerância à dor.
Para chegarem ao resultado, os cientistas analisaram a reação de 92 participantes ao ficarem com a mão em um balde de gelo. Eles só podiam falar três palavras (um palavrão "tradicional" e outros dois "falsos", como "pomba" ou "baralho").
Os pesquisadores cronometraram quanto tempo levou para que os voluntários começassem a sentir dor, e sua tolerância à dor foi determinada por quanto tempo eles conseguiram manter as mãos na água gelada.
Eis que houve uma diferença entre os tipos de palavrões usados. O tradicional, no caso, aumentou a tolerância à dor em 33%, enquanto os palavrões falsos fizeram pouco nesse quesito.
Segundo os cientistas, os dados do estudo sugerem que o palavrão cause alívio da dor possivelmente pela excitação emocional que ele provoca. "Essa descoberta confirma que não são as propriedades superficiais dos palavrões, como o som deles, que estão por trás dos efeitos benéficos, mas algo muito mais profundo, provavelmente ligado à infância à medida que aprendemos palavrões", disse o principal autor do estudo Richard Stephens, professor de psicologia na Universidade Keele, no Reino Unido, em um comunicado à imprensa.
Da próxima vez em que o dedo mindinho se encontrar com a quina de um móvel, então, não se esqueça de soltar um bom e velho palavrão, para amenizar a dor irritante.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.