USP desenvolve almofadas hospitalares para pacientes do HC com covid-19
A Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), em parceria com a FOM, desenvolveu almofadas hospitalares para ajudar no tratamento de pacientes com o novo coronavírus. A empresa doou 100 kits com 4 coxins cada para o HC (Hospital das Clínicas), em São Paulo.
Pacientes que apresentam um quadro grave da covid-19 muitas vezes precisam passar pela pronação — processo em que eles são submetidos a ficar várias horas seguidas deitados de barriga para baixo, com o objetivo de melhorar a ventilação pulmonar. Esse processo pode causar lesões ortopédicas e ferimentos da pele, e as almofadas são utilizadas justamente para diminuir os danos e facilitar a recuperação.
Maria José Carmona, coordenadora de UTIs e professora da Faculdade de Medicina da USP, disse que o estoque de coxins do HC era baixo, já que eles eram utilizados apenas em cirurgias que exigiam a pronação, como procedimentos na coluna e cirurgias plásticas. Como a demanda cresceu muito em decorrência da pandemia, o hospital precisou criar parcerias para encontrar novos fornecedores.
Ela acredita que a pandemia aqueceu o mercado de inovações no setor hospitalar porque o país se viu obrigado a encontrar novas soluções.
"O Brasil precisa parar de pensar que é sempre mais barato importar da China ou trazer de outros países. Eu poderia citar vários casos de respiradores, máscaras, coxins que foram desenvolvidos rapidamente por conta da situação", declarou Carmona, que também coordena o Centro de Inovações do Instituto Central do HC.
Segundo a FOM, os coxins são recheados com microesferas de poliestireno expandido — o que permite que as almofadas sejam anatômicas e facilitem a movimento do pescoço durante a pronação. O kit vem com quatro itens: um apoio para pernas, um para o pescoço, um para o tórax e outro para as costas.
A empresa é especialista na produção de encostos de cabeça, travesseiros e pufes, mas nunca havido fornecido material para o setor de saúde.
"Foi um desafio desenvolver, em parceria com médicos e engenheiros e de forma tão rápida, produtos que nasceram do zero", diz Suzana Carvalhaes, Head de Produto e Marketing da FOM.
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