Laboratório diz que vacina de Oxford não terá fins lucrativos na pandemia
O grupo farmacêutico Astrazeneca afirmou que não terá lucro com a distribuição de vacinas contra a covid-19 durante o período da pandemia do coronavírus no Brasil. O laboratório anglo-sueco participa das pesquisas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
"É importante ressaltar que nesse momento não existe lucro da Astrazeneca. O intuito nesse momento é conseguir garantir o maior número de vacinas disponíveis e garantir também uma distribuição homogênea no maior número de países possível", disse ontem Jorge Mazzei, diretor-executivo do laboratório.
Mazzei foi um dos convidados da comissão externa da Câmara dos Deputados sobre ações de combate ao coronavírus. Por videoconferência, os parlamentares ouviram especialistas envolvidos no desenvolvimento da vacina de Oxford, que se tornou uma das principais esperanças para controlar a pandemia.
O Ministério da Saúde anunciou no último sábado (27) a parceria para a pesquisa e produção nacional da vacina, que é uma das mais promissoras no mundo. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a imunização elaborada em Oxford. No país, a produção ficará a cargo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
"Um dos objetivos da companhia é inicialmente 2 bilhões de doses dessa vacina sob risco", explicou Mazzei, lembrando o modelo de testes simultâneos à produção da vacina que será adotada no Brasil. Há expectativa de que a imunização seja distribuída no país ainda em 2020.
"A decisão da companhia foi iniciar tudo isso em paralelo com o estudo clínico. Para quê? Para que no momento que a vacina se comprovar eficaz e segura nós já tenhamos matéria-prima em vacina disponível para iniciar a vacinação dos países que estão dentro desse processo onde o Brasil faz parte", disse o diretor da Astrazeneca.
O laboratório anglo-sueco ainda antecipou que mais países devem se juntar à iniciativa em breve.
"Sabemos que nas próximas semanas três ou quatro países vão se juntar aos países que já aderiram a esse processo com a vacina de Oxford", afirmou Mazzei.
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