Estudo relaciona consumo de gorduras trans a risco de ter câncer de ovário
Os ácidos graxos trans, encontrados em alimentos industrializados e processados, podem estar associados ao maior risco de desenvolver câncer de ovário. A informação da Iarc (Agência Internacional de Pesquisa do Câncer) foi divulgada, na última quinta-feira (2), pela revista especializada Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention. A agência faz parte da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Segundo o estudo, a maior ingestão de ácidos graxos trans, como os encontrados em frituras, podem estar associados a um maior risco de desenvolver câncer de ovário.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram uma pesquisa de fatores de risco na qual isolaram 1.486 casos de câncer de ovário para investigar a associação entre ingestão individual de ácidos graxos e o risco de desenvolver a doença.
Os ácidos graxos trans industriais já eram conhecidos por causar obesidade e à inflamação. Condições de fatores de risco para o câncer de ovário. Daí, os pesquisadores creem que essa relação pode explicar, pelo menos em parte, a associação entre esses ácidos graxos e o tipo de câncer.
Em 2018, foi confirmado um total de 295.414 novos casos e 184.799 mortes em todo o mundo. O câncer do ovário é o oitavo mais comum e a oitava maior causa de morte de mulheres.
Prevenção
De acordo com a Iarc, devido ao aumento da incidência de câncer de ovário em todo o mundo "são urgentemente necessárias estratégias de prevenção". Mas até o momento foram identificados poucos fatores que podem ser evitáveis.
Para o chefe da seção de nutrição e metabolismo da Iarc, Marc Gunter, essas novas descobertas estão alinhadas com a recomendação da OMS de eliminar os ácidos graxos trans industriais dos alimentos.
O especialista defende que o novo estudo fornece novas evidências de que a redução no consumo de alimentos industrializados, incluindo a chamada fast food, poderia ajudar a baixar o risco de câncer de ovário e várias outras doenças crônicas.
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