Ela aprendeu a não descontar a tristeza e ansiedade na comida e secou 63 kg
Após ter crises de ansiedade e depressão, Erika Maria, 37 anos, passou a descontar sentimentos negativos na comida e engordou. Com 135 kg, pressão alta e medo de desenvolver outros problemas devido à obesidade, a pernambucana decidiu se alimentar melhor e emagrecer, sempre cuidando do equilíbrio mental. A seguir, ela conta como conseguiu chegar aos 72 kg:
"Mesmo com histórico de sobrepeso na família, não tive problemas com a balança na infância e adolescência. Aos 22 anos, comecei a trabalhar em uma empresa e passei por alguns problemas, que desencadearam em mim diversas crises de ansiedade.
Fiquei afastada do trabalho por um ano e, quando recebi alta, veio a notícia: estava sendo demitida. Então, além da ansiedade, veio a depressão. Para tentar aliviar todo aquele turbilhão de emoções, comecei a trabalhar com meu pai em uma barraca de doces. O problema é que ali, bem na minha frente, havia um monte de guloseimas que funcionavam como abrigo nos momentos em que não me sentia bem.
Comecei a comer muitos doces e, consequentemente, engordei. Em mais ou menos 12 anos, cheguei a 135 kg. Não me sentia nada bem com a situação e ainda tinha que lidar com a gordofobia, o que agravava meu estado depressivo. Ouvia muitas piadas e comentários maldosos ao comprar roupas, por exemplo. Minha vontade era sair dali e nunca mais voltar. E esse tipo de situação era um dos gatilhos crises de ansiedade e a vontade de comer.
Para completar, descobri que estava com pressão alta. Durante a consulta, o médico disse que eu precisava fazer a cirurgia bariátrica para evitar que outras doenças se desenvolvessem devido à obesidade. Na mesma época, minha irmã havia contratado ajuda profissional para conseguir mudar a rotina alimentar. Resolvi tentar seguir esse mesmo método de emagrecimento e só depois, caso não desse certo, partiria para a cirurgia.
Foquei todos os meus esforços em melhorar a cabeça e o corpo. Continuei seguindo o tratamento psiquiátrico e troquei todo o meu cardápio. No lugar de massas e muitos doces, entraram as verduras, os legumes, os alimentos integrais, tudo em porções adequadas. Para fugir da tentação de comer alguma besteira, eu tomava água ou consumia alguma fruta, mas sem extrapolar a quantidade indicada por dia.
Minha família ajudou bastante no processo, evitando preparar refeições calóricas. Passei a praticar atividades físicas regularmente em casa e também nas academias disponíveis pela prefeitura de Recife.
Com essas mudanças de hábitos, que parecem simples mas exigem muito foco e determinação, consegui emagrecer 60 kg. Hoje, peso 72 kg (tenho 1,62 m de altua) e estou muito feliz. Continuo o tratamento para a ansiedade e depressão, porque é algo contínuo, mas já tenho a consciência de que não será na comida que irei encontrar a resolução de algum problema que estiver passando. Quanto à pressão alta, também está controlada e sem risco de alterações."
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