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Vacina do Butantan contra o coronavírus entra na terceira fase de testes

CoronaVac é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac - Miguel Noronha/Futura Press/Estadão Conteúdo
CoronaVac é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac Imagem: Miguel Noronha/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

09/07/2020 07h52

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou hoje que a vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac obteve autorização para iniciar a terceira fase de estudos clínicos.

Doria divulgou a novidade em seu perfil oficial do Twitter, informando que a autorização foi dada pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), do CNS (Conselho Nacional de Saúde). Nessa fase, a vacina poderá ser testada em um grupo maior de pessoas.

Pelo acordo com a Sinovac, 60 milhões de doses estarão disponíveis a partir de setembro, mas a distribuição só ocorrerá uma vez que a eficácia da vacina for comprovada e houver o registro.

Na segunda-feira (6), após obter aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o governo de São Paulo já havia dito que os testes da CoronaVac vão começar no dia 20 de julho. Somente profissionais da saúde vão participar dessa fase de testes e as inscrições abrem na próxima segunda-feira (13).

O estudo clínico envolverá 9 mil voluntários distribuídos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal. Parte delas receberá a vacina e outro grupo deve receber um placebo, sem efeito. O objetivo é verificar se há o estímulo à produção de anticorpo para proteção contra o vírus.

Expectativa

Anteontem, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse à CBN que acredita que a vacina já estará disponível no começo do ano que vem. Covas classificou a vacina como uma "nova esperança" e disse que ela está numa fase adiantada de seu desenvolvimento.

Segundo ele, estudos preliminares mostram que ela consegue dar proteção acima de 90% aos indivíduos. "Particularmente estou muito otimista em relação à disponibilização dessa vacina aqui pro Brasil no final desse ano, começo do ano que vem", afirmou.