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Estudo aponta que imunidade ao coronavírus dura por poucos meses

Profissionais e pacientes expostos ao coronavírus apresentaram pico de proteção em três semanas, mas anticorpos caíram meses depois; Imagem ilustrativa - Sergey Nikolaev/NurPhoto via Getty Images
Profissionais e pacientes expostos ao coronavírus apresentaram pico de proteção em três semanas, mas anticorpos caíram meses depois; Imagem ilustrativa Imagem: Sergey Nikolaev/NurPhoto via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

13/07/2020 10h12Atualizada em 13/07/2020 14h29

Um estudo feito pela King's College de Londres, na Inglaterra, indicou que a imunidade contra o coronavírus dura apenas alguns meses e que o vírus pode ser detectado novamente como um resfriado.

Cerca de 90 profissionais e pacientes de dois hospitais do sistema NHS do Reino Unido — equivalente ao SUS, no Brasil — foram analisados na pesquisa.

Os anticorpos dessas pessoas atingiram o pico de proteção na terceira semana depois de apresentar sintomas da covid-19. Neste período, o "nível potente" dessas estruturas de defesa do organismo era encontrado em 60% das pessoas.

Três meses depois, apenas 17% dos profissionais e pacientes ainda mantinham o nível desejado.

Segundo informações do jornal "Sky News", os anticorpos diminuíram 23 vezes nesse espaço de tempo e até se esgotaram em alguns casos.

Uma das autoras, a doutora Katie Doores, afirmou em entrevista ao jornal "The Guardian" que, se o comportamento da linha de defesa por anticorpos seguir o estudo, vacinas terão que ser aplicadas em mais de uma dose.

"A infecção tende a fornecer o melhor cenário para uma resposta de anticorpos, portanto, se a infecção está fornecendo níveis de anticorpos que diminuem em dois a três meses, a vacina potencialmente fará a mesma coisa. As pessoas podem precisar de reforço", disse.