Manter poltrona do meio vazia em aviões reduz pela metade risco de covid-19
Manter o assento do meio vazio em aviões pode reduzir a chance de contaminação por coronavírus em até 50%, aponta um estudo da MIT Sloan School of Management, em Massachussets, nos Estados Unidos.
O documento, intitulado "Risco de covid-19 entre os passageiros das companhias aéreas: o assento do meio deve permanecer vazio?", mostra que as chances de se infectar durante um voo caíram de 1 em 4.300 para cerca de 1 em 7.700.
Arnold Barnett, professor de ciências e estatísticas na MIT Sloan School of Management, afirma que os cálculos são "grosseiros" e baseados em três fatores: a probabilidade de determinado passageiro ser um potencial transmissor da covid-19, a probabilidade do uso de máscaras impedir que esse passageiro espalhe a doença e como o risco de infecção muda a depender dos locais em que passageiros contagiosos e não contagiosos estão sentados.
O estudo foi feito com base nas medidas de duas aeronaves amplamente usadas em voos comerciais: o Airbus 320 e o Boeing 737. Cada um tem seis assentos em cada fila — dois conjuntos de três poltronas separadas por um corredor central.
Entre as principais companhias aéreas dos Estados Unidos e da Europa, a American Airlines, a Spirit e a United Airlines voltaram a vender passagens para o assento do meio em 1º de julho, enquanto Delta, JetBlue e Southwest Airlines continuam mantendo o lugar vazio durante os voos.
Embora reconheça que os cálculos são "rudimentares", Barnett diz que eles "sugerem uma redução mensurável no risco do covid-19 quando assentos médios de aeronaves são mantidos vazios."
A OMS, no entanto, por meio de seu representante David Navarro, afirma que "as viagens aéreas são 'relativamente seguras' quando se trata da disseminação do coronavírus, devido aos avançados filtros de ar".
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