Débora Nascimento: "Já tive anorexia e depois engordei 30 kg em dois meses"
A atriz Débora Nascimento contou que já teve uma relação perigosa com a comida, durante o programa Conexão VivaBem, nesta quarta-feira (15). "Tive anorexia quando era mais novinha, por volta de 16 anos. Minha mãe me ajudou muito a passar por isso", disse.
Na conversa com o psiquiatra Jairo Bouer e com a terapeuta nutricional Ariele Sousa, ela ainda revelou que após o distúrbio alimentar ela ganhou muito peso. "Tive uma 'rebordosa', que foi um aumento monstruoso de peso e engordei 30 kg em dois meses, que é o outro lado da balança do distúrbio alimentar".
Segundo a atriz, a alimentação continua sendo um ponto de atenção em sua vida e ainda hoje se sente culpada por algumas atitudes com a comida. "Claro que hoje eu sou uma mulher muito mais consciente e percebo os meus gatilhos. E acho que é por isso também que eu sofro quando percebo que caio de cabeça nos carboidratos, nas 'comfort foods' como forma de recompensa e fico me culpando como não observei isso". Durante a pandemia, entretanto, ela disse que tem tentado não se punir tanto: "Quando eu escorrego, fico tranquila".
O processo de aceitação com a própria imagem envolveu uma limpeza em suas redes sociais. A atriz disse que analisou quem de fato a estimulava de uma forma positiva e quem a fazia se sentir ainda pior.
"Percebi quem me traz gatilhos positivos, como a ioga por exemplo, porque eu virei uma yogui nessa quarentena, ao invés de ter aquela imagem daquela mulher perfeita, com o corpo perfeito, com a bunda perfeita, que come só alface", disse. "Eu não sou essa mulher e isso só me gerava um gatilho de pensar 'meu deus porque é que eu comi esse pão' e isso me levava ao 'amanhã vou ficar sem comer'". Ela conta que no dia seguinte ficava sem comer, morrendo de fome, cansada e com a energia baixa.
Sousa alertou para a importância do "detox" das redes sociais. A nutricionista indicou parar de seguir perfis nas redes sociais que geram ansiedade, comparação e frustração, e começar a seguir apenas pessoas reais, que possam contribuir para uma relação mais positiva tanto com a comida quanto com o corpo.
Por mais que eu tenha passado por esse distúrbio na adolescência, Débora conta que ele é algo que caminha com ela. "É algo que se tem que ter uma atenção para você e para o que você consome como notícia, como mídia, como imagem".
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