Genética pode explicar por que algumas mulheres sentem menos dor no parto
Um estudo publicado hoje na revista Cell Reports pode explicar por que algumas mulheres não precisam de anestesia durante o parto.
De acordo com os pesquisadores da Universidade de Cambridge, a maior tolerância à dor está relacionada a uma variante do gene KCNG4, presente em 1% das mulheres.
Esse gene é responsável pela produção de uma proteína que age como um "portão" que controla o pulso elétrico que vai das terminações nervosas até o cérebro. Em outras palavras: age como uma anestesia natural.
"Isso significa que é preciso um pulso elétrico muito maior — ou seja, contrações maiores durante o trabalho de parto — para ativá-lo. Isso diminui a probabilidade de os sinais de dor alcançarem o cérebro", explica o co-autor do estudo Ewan St. John Smith.
A pesquisa analisou o DNA de 189 mulheres que não precisaram de anestesia durante seu primeiro parto. Elas passaram por uma série de exercícios para testar sua tolerância a dor, como a aplicação de calor e pressão nos braços e a submersão das mãos em água gelada.
Os pesquisadores constataram, então, a correlação entre a tolerância a dor e essa variante do gene.
Os autores do estudo esperam que a pesquisa não somente ajude na compreensão da sensibilidade de cada gestante à dor, mas também na fabricação de novos medicamentos para o alívio da dor.
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