Estresse físico no trabalho aumenta risco de declínio cognitivo, diz estudo
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade do Estado do Colorado, nos Estados Unidos, descobriu que o estresse no trabalho está diretamente ligado à aceleração do envelhecimento do cérebro e a falta de memória. Os resultados foram publicados no periódico Frontiers in Human Neuroscience.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas usaram dados de imagem cerebral de 99 pacientes que não tinham a parte cognitiva afetada ou com algum sintoma, e que tinham idade entre 60 e 79 anos.
Ao analisar os dados, eles constaram que aqueles que relatam altos níveis de estresse físico em seu trabalho recentemente, apresentaram volumes menores no hipocampo e tiveram desempenho inferior em tarefas de memória.
O hipocampo é a região do cérebro crucial para a memória e é afetado no envelhecimento normal e em casos de demência.
"Nós sabemos que o estresse pode acelerar o envelhecimento e é fator de risco para maioria das doenças crônicas", Aga Burzynska, uma das autoras do estudo. "Mas esse é a primeira evidência que o estresse ocupacional pode acelerar o envelhecimento cognitivo do cérebro."
A pesquisadora ressalta ainda que é importante entender como a exposições ao trabalho afetam o envelhecimento dos nossos cérebros.
Saúde do coração e cérebro
Um outro estudo publicado no periódico Neurology mostrou que cuidar do coração está ligada com a melhora da saúde cerebral.
De acordo com a pesquisa, outros fatores como não fumar, uma pontuação alta nos testes cognitivos e presença de uma variante genética específica também foram associados a uma melhor memória em idosos na faixa dos 90 anos.
"O que é bom para o coração parece funcionar para o cérebro e mostra-se muito importante contra a doença de Alzheimer", diz Beth Snitz, um das autoras do estudo.
De acordo com Alzheimer's Association, mais de cinco milhões de americanos sofrem com a doença. Aqui no Brasil, mais de um milhão convivem com a condição.
De acordo com os cientistas, esse novo estudo é focado em proteger as pessoas contra o problema.
Durante a amostra clínica, 100 voluntários que não tinham sinais de Alzheimer foram monitorados ao longo de 12 a 14 anos. Os pacientes tinham em média 90 anos quando chegavam no fim do estudo. Ao longo do trabalho, os voluntários respondiam testes cognitivos sobre a saúde deles.
Depois desse período, eles eram submetidos a exames de imagens PET Scan a cada dois anos e outros exames para acompanhar a saúde clínica a cada um ano.
Como esse tipo de exame de imagem pode identificar um acúmulo das proteínas beta amiloides (responsável pelo Alzheimer), os cientistas acreditavam que depois do teste, encontrariam mais respostas.
Depois de analisar alguns dados, os autores verificaram que os pacientes que tinham vasos sanguíneos saudáveis eram menos propensos a desenvolver placas beta amiloide. Os cientistas também ressaltaram a importância de atitudes saudáveis para o cérebro como evitar o tabagismo.
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