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Monja Coen: "Achar que existe só uma fé é como apostar só na cloroquina"

Do VivaBem, em São Paulo

28/07/2020 11h00

No Conexão VivaBem desta terça-feira (28), Monja Coen Roshi disse achar um defeito alguém acreditar que deva existir apenas uma fé, e comparou o "egoísmo" religioso com crença do governo na cloroquina contra o novo coronavírus.

"Se eu disser para vocês que a única religião do mundo que existe é o zen budismo, isso não é verdadeiro. É a mesma coisa que eu disser que só cloroquina cura, entendeu? E não é bem por aí. Os remédios são diferentes, as doenças ou as necessidades de cada corpo, de cada mente, de cada espírito é única. Não somos iguais e mudamos durante o processo", disse.

Entretanto, ela acha que se aprofundar em uma fé específica faz bem. "A nossa procura espiritual não pode ser fechada e dizer que esse é o único caminho que existe. A gente tem a possibilidade de perceber os vários caminhos, mas nós temos que chegar no topo da montanha, para ter uma visão mais ampla de tudo o que existe de mim e da realidade".

Segundo a monja, pessoas que só dão uma experimentam um pouco de cada crença ficam "andando em volta da montanha e não chegam ao topo". "Eu vejo que tem vários caminhos interessantes, mas eu não assumo nenhum deles".

No episódio, a atriz e apresentadora Fernanda Souza disse que não tem uma religião específica e que já experimentou diversas possibilidades de espiritualidade. "Eu posso dizer que são uma mistura de tudo isso. Se eu pudesse, diria que a minha filosofia de vida é o amor, é tentar ser melhor todos os dias da hora que eu acordo até a hora que eu durmo".

Monja afirmou que a atriz encontrou afinidade com várias fés e se aprofundou. "Ela não ficou só dando uma olhadinha. Ela se entregou a cada uma delas. Com isso, aumentou a sua capacidade de percepção da realidade. É como como alguém que fala várias línguas, é poliglota. Aprendeu várias linguagens espirituais e, com isso, pode circular em vários lugares".