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Doria diz que empresários doarão R$ 96 mi para dobrar capacidade de vacina

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista coletiva para atualização dos dados do novo coronavírus no estado - Rogério Galasse/Futura Press/Estadão Conteúdo
Governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista coletiva para atualização dos dados do novo coronavírus no estado Imagem: Rogério Galasse/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

29/07/2020 13h06

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que empresários se comprometeram a doar R$ 96 milhões para dobrar a capacidade de produção do Instituto Butantan da vacina desenvolvida em parceria com a empresa chinesa Sinovac. O político tucano afirma que a meta é atingir R$ 130 milhões para que a fabricação da CoronaVac possa saltar de 60 para 120 milhões de doses. O compromisso foi selado em uma reunião do comitê empresarial econômico, que aconteceu nesta manhã.

"Prova da generosidade do empresariado de São Paulo e daqueles que acreditam que a esperança da vacina não é apenas para salvar vidas, mas também para salvar e proteger a economia de São Paulo e do Brasil", afirmou o governador em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Doria disse que o Instituto Butantan foi procurado por países vizinhos interessados na imunização, que está na terceira fase de testes. Ele, no entanto, destacou que o atendimento a outras nações depende do aumento da capacidade de produção.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, é possível que 60 milhões de doses da CoronaVac fiquem prontas a partir de outubro e mais 60 milhões sejam entregues no primeiro trimestre de 2021. O dinheiro será utilizado para a reforma da fábrica responsável pela produção e pelo envase.

"Precisamos desse dinheiro? Sim. Vai agilizar. Um dinheiro da iniciativa privada que vai permitir contratações mais rápidas", afirmou Covas.

Dimas Covas também destacou que o aumento na produção possibilitará o atendimento da população brasileira e, em um primeiro momento, de países vizinhos.

O estudo clínico da CoronaVac envolve 9 mil voluntários distribuídos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal. Parte delas receberá a vacina e outro grupo deve receber um placebo, sem efeito. O objetivo é verificar se há o estímulo à produção de anticorpos para proteção contra o coronavírus.