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Mandetta: Ciência foi negligenciada, mas governo está indo em direção a ela

De VivaBem, em São Paulo

07/08/2020 17h59Atualizada em 07/08/2020 19h19

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse hoje ser um "realista esperançoso" quanto ao futuro da pandemia do coronavírus no Brasil. Segundo ele, mesmo que a ciência tenha sido deixada de lado nos últimos anos, é nela que o governo se baseia para tomar decisões e adotar medidas sanitárias.

"Eu sou um realista esperançoso. Mesmo a ciência tendo sido tão debochada, tão negligenciada, é exatamente em direção à ciência que o governo está indo. A Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], tão combatida pelos 'ideologistas' de plantão... É a ela que se recorre para ver se conseguimos essa parceria para o desenvolvimento da vacina", afirmou Mandetta.

As declarações foram feitas durante participação no UOL Debate, que também contou com a presença dos médicos Roberto Kalil Filho (cardiologista), colunista de VivaBem, Esper Kallás (infectologista), Gonzalo Vecina Neto (sanitarista) e Drauzio Varella.

O ex-ministro ainda disse acreditar que os números da covid-19 no Brasil começarão a ser menos agressivos a partir de setembro — ainda que isso não signifique, de forma alguma, uma "volta à normalidade".

Mandetta, porém, lamentou que o país não tenha feito mais para evitar as quase 100 mil mortes, marca que deve ser batida já no próximo fim de semana. "Ter entregado o jogo no primeiro tempo, como o Brasil entregou... Esse preço é amargo, é duro", disse.

Drauzio, por sua vez, afirmou ser difícil fazer previsões sobre o futuro da pandemia, mas incentivou as medidas de higiene — como lavar as mãos ou limpá-las com álcool em gel —, ao distanciamento social e ao uso da máscara.

"É muito difícil prever o futuro, muito complicado fazer qualquer tipo de previsão. Não tem segredo, quanto mais aglomeração e mais as pessoas estiverem desprotegidas, sem máscara, mais o vírus se disseminar", alertou.