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Testes com células-troncos para tratar casos graves de covid avançam

Células-tronco estão sendo usadas em possíveis tratamentos para a covid-19 - Istock
Células-tronco estão sendo usadas em possíveis tratamentos para a covid-19 Imagem: Istock

Do UOL, em São Paulo

18/08/2020 08h53Atualizada em 18/08/2020 15h05

Uma equipe de médicos espanhóis está avançando na pesquisa por um tratamento para casos graves de covid-19 usando células tronco — células similares às de embriões que podem se transformar em tecidos de vários órgãos.

Esse tratamento experimental, chamado de MSC, ajuda a diminuir a inflamação que o próprio organismo cria na tentativa de combater o coronavírus e depois auxilia o tecido pulmonar a se recuperar, segundo dados dos cientistas que foram publicados na revista The Lancet.

Os médicos espanhóis já testaram essa terapia em julho, em uma primeira fase, num grupo de 13 pacientes que tinham sintomas graves da doença e estavam internados na UTI. Desses, 11 pacientes sobreviveram após as graves complicações.

"A administração de células MSC do tecido adiposo, seguida de mudanças de composição inflamatória e do sistema imune, não provocou efeitos colaterais sérios e foi seguida por uma melhora clínica e biológica na maioria dos casos", afirmaram os cientistas espanhóis no artigo sobre o estudo que está sendo conduzido pelo médico Fermín Sánchez Guijo.

Pesquisa nos EUA

Os bons resultados da terapia MSC, assim chamada por usar células-tronco mesenquimais, já havia sido confirmado em março por uma equipe do Hospital Mount Sinai, em Nova York.

No primeiro teste dos médicos norte-americanos, 10 de 12 pacientes sobreviveram. A equipe do hospital já quer realizar as fases 2 e 3 dos testes simultaneamente e busca 300 voluntários para a pesquisa que está prevista para acontecer até abril de 2021.

Com os resultados promissores da primeira fase, a empresa Mesoblast, que forneceu as células-tronco para o estudo do Hospital Mount Sinai, já fez um pedido para a FDA, autoridade dos Estados Unidos que libera o uso de medicamentos no país, para produzir a terapia em larga escala.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Numa versão anterior, esse texto informava que a pesquisa conduzida pelo Hospital Mount Sinai, em Nova York, iria até 2020. A pesquisa segue até abril de 2021. A informação já foi corrigida.