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Equilíbrio


Caio Braz: "Na pandemia, cheguei a dormir 13 h e ainda me sentir cansado"

Do VivaBem, em São Paulo

25/08/2020 10h30

No Conexão VivaBem desta terça-feira (25), o jornalista e criador de conteúdo Caio Braz revelou que a pandemia do novo coronavírus alterou seu sono de maneiras diferentes com o passar dos meses.

"Meu corpo é sensível às emoções. Entre abril e maio estava dormindo 12, às vezes 13 horas e ainda acordava cansado", disse. Em outros períodos, entretanto, ele contou que a ansiedade o deixava acordado durante a madrugada. "Quando via, eram três horas da manhã e ainda estava digitando coisas".

Dalva Poyares, neurologista e pesquisadora do Instituto do Sono, de São Paulo (SP), disse que o jornalista não foi o único que sofreu com alterações no sono. Segundo ela, mudanças abruptas geram reações ao corpo, incluindo a hora de dormir e a qualidade do sono. "Nosso organismo se adapta a mudanças, mas quando elas são excessivas e o estresse passa da carga que o corpo consegue lidar, há algumas reações mal adaptativas, e muitas delas acontecem no sono", disse.

Poyares afirmou que são relatadas dificuldades para começar a dormir, despertares no meio da noite, insônia ou despertar precoce. Mas isso não necessariamente significa que o indivíduo desenvolveu um distúrbio. "Essas mudanças também alteram um pouco nosso ritmo circadiano, ou o relógio biológico do corpo. São os que acordam mais tarde porque não precisam mais se deslocar ao trabalho, os que vão dormir mais cedo porque estão só", disse.

Ela também recomenda não esperar que o sono volte ao normal com o fim da pandemia. "Vamos ter uma nova onda de mudanças. Vamos ter que retomar aquilo depois que já nos acostumamos com esse cenário atual".

Braz, por exemplo, já se acostumou com o momento, pelo menos no quesito sono. "Agora deu uma melhorada, estou dormindo 8 horas por noite".

Resta aguardar para saber quando virão as próximas mudanças.