Caio Braz: "Tive muito pesadelo na pandemia"; neurologista explica por quê
No Conexão VivaBem desta terça-feira (25), o jornalista e criador de conteúdo Caio Braz disse que teve diversos pesadelos durante o período de pandemia. "Às vezes eu tinha por semanas inteiras. Falava que não ia dormir, ia entrar em uma gincana, porque era todo tipo de pensamento". Segundo ele, os sonhos perturbadores atrapalhavam seus dias, porque sentia sono após acordar.
Dalva Poyares, neurologista e pesquisadora do Instituto do Sono, de São Paulo (SP), disse que os pesadelos têm mesmo aumentado nos últimos meses, mas que eles são esperados em momentos de muito estresse. "Pesquisas já mostraram que em épocas de estresse, de calamidades, isso de fato pode acontecer, assim como as mudanças nos padrões do sono".
Ela explicou que os sonhos em geral, inclusive os angustiantes, ocorrem em uma fase do sono chamada REM (rapid eye movement, em inglês, o que significa movimento rápido dos olhos). As preocupações, memórias e vivências que estão guardadas no cérebro podem aparecer em sonhos vívidos ou sem pesadelos. Entretanto, esses sonhos só serão lembrados se o indivíduo despertar durante o sono REM. "Muita gente diz que não sonhou, mas a verdade a pessoa sonhou e simplesmente não se lembra", disse.
Os sonhos ocorrem mais na segunda metade da noite, próximo da hora de acordar. Portanto, geralmente, uma pessoa que está acordando pode se lembrar do conteúdo dos sonhos.
O que preocupa, na verdade, são pesadelos muito frequentes e sintomas de ansiedade. "Pode ser transtorno do estresse pós-traumático. Algumas pessoas, especialmente aqueles que perderam alguém ou que estão no front da pandemia, podem estar desenvolvendo esse tipo de transtorno caracterizado pelos pesadelos", disse Poyares. A dica é: se está atrapalhando a rotina, é melhor procurar um médico, para buscar o melhor tratamento.
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