É normal sair uma secreção branca do pênis sem eu estar excitado?

Geralmente isso é normal, sim. Chamado de esmegma, esse líquido mais espesso de cor branca se forma por conta do acúmulo de descamação de células mortas da pele e gorduras secretadas por glândulas do prepúcio.

Em algumas situações, a secreção pode ser mais intensa, especialmente quando existe infecção por fungos e bactérias que se acumulam na região do prepúcio, como a candidíase. Nesse caso, a pessoa pode ser diagnosticada com balanite ou balanopostite.

Por isso, é de extrema importância procurar um urologista para que ele faça uma avaliação correta e indique um possível tratamento, caso seja necessário.

É importante ressaltar que todos produzem essas secreções. Em algumas pessoas e em determinadas situações a produção é excessiva e percebida de forma intensa, decorrente de irritação crônica ou higiene irregular.

Quando a pessoa não é circuncidada, ou seja, o prepúcio cobre toda a glande, o esmegma se acumula e fica mais visível.

Quando o indivíduo passou pela cirurgia de fimose, o líquido produzido fica retido na cueca e não é percebido.

Se a secreção for relacionada a infecções ou inflamações, a quantidade de líquido indica o grau do problema —ou seja, quanto mais forte a infecção, maior a fabricação de esmegma.

Para quem possui o prepúcio, um alerta: ao deixar a secreção acumulada, aumenta-se a chance de desenvolver doenças alérgicas no pênis e o próprio esmegma acaba levando a uma irritação na glande.

Ao não retrair a pele do prepúcio para conseguir lavar adequadamente, o pênis pode ficar irritada, com odor, vermelhidão, coceira e até dor.

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A longo prazo, alguns estudos apontam que a falta de higiene da região pode levar ao câncer de pênis.

Como lavar direito

Por isso, o correto é sempre depois de fazer xixi, limpar bem a glande e a pele no entorno com papel.

Se possível, passar água corrente para retirar toda a secreção.

Em casa, durante o banho, lave a região com sabão líquido, de preferência neutro. E não exagere na higienização, pois a fricção constante da glande pode prejudicar a mucosa, deixando-a mais sensível.

No caso de infecções ou ISTs, o urologista indicará o melhor tratamento, que pode ser medicamentos orais ou cremes.

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Lembre-se sempre: quanto mais seco o pênis estiver, menor as chances de qualquer tipo de problema.

Fontes: Adriano Cardoso Pinto, urologista da rede de Hospitais São Camilo de São Paulo; Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo; Eduardo Miranda, membro do departamento de andrologia da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia); e Flávio Iizuka, urologista, pesquisador da USP (Universidade de São Paulo) e diretor da Climedin, em São Paulo.

*Com matéria publicada em 25/08/2020

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