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Grávidas devem cortar café para evitar aborto espontâneo, diz estudo

Estudo indica que não há nível seguro de consumo de cafeína para gestantes - Getty Images
Estudo indica que não há nível seguro de consumo de cafeína para gestantes Imagem: Getty Images

De Viva Bem, em São Paulo

25/08/2020 11h02

Grávidas devem cortar o café completamente para evitar aborto espontâneo, baixo peso do bebê ao nascer ou bebê natimorto (perda do feto após 20 semanas), de acordo com uma pesquisa britânica divulgada pelo site The Guardian.

Em contradição com a orientação oficial no Reino Unido, Estados Unidos e Europa, o estudo diz que não há nenhum nível seguro para o consumo de cafeína durante a gravidez: a revisão já foi feita por pares e a publicação foi realizada na revista BMJ Evidence-Based Medicine.

Foram analisados mais de 1.200 estudos sobre o efeito da cafeína e foi identificada uma "confirmação persuasiva de risco aumentado... para pelo menos cinco situações negativas importantes da gravidez: aborto espontâneo, bebê natimorto, baixo peso ao nascer e/ou pequeno para a idade gestacional, leucemia aguda na infância e sobrepeso e obesidade na infância".

A indústria do café rejeitou a recomendação, pedindo aos consumidores que sigam a orientação dos órgãos públicos de saúde, que indica segurança para grávidas no consumo de até 200 miligramas de cafeína por dia, o equivalente a duas xícaras médias de café.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) reconheceu estudos que sugerem que a ingestão excessiva de cafeína pode estar associada ao crescimento restrito, peso reduzido ao nascer, parto prematuro ou bebê natimorto.

A entidade recomenda que grávidas que consomem mais de 300 miligramas por dia de cafeína devem reduzir a quantidade.