Insuficiência cardíaca é descoberta antes em homens do que em mulheres
Em comparação a pacientes do sexo masculino, as mulheres têm de esperar um tempo quase seis vezes maior para receber diagnóstico de insuficiência cardíaca, porque o problema de saúde é visto como "doença de homem", aponta uma pesquisa realizada no Reino Unido.
O novo estudo, feito pela instituição sem fins lucrativos Pumping Marvellous e Roche Diagnostics, mostra que 44,5% das mulheres pesquisadas também tiveram diagnóstico incorreto da insuficiência cardíaca — ante 22,7% dos homens.
Os homens esperam, em média, três semanas e meia após sua primeira visita ao médico para serem diagnosticados com insuficiência cardíaca; para as mulheres, esse tempo é superior a 20 semanas.
Segundo Martin Cowie, professor de cardiologia do Imperial College, isso pode ocorrer porque os problemas cardíacos são vistos como uma "doença do homem".
"Há uma lacuna de gênero notável na velocidade e precisão do diagnóstico para mulheres em comparação com os homens. Muitas vezes, os problemas cardíacos são vistos como uma doença masculina e nem mesmo são considerados em uma mulher. Isso precisa mudar", ele afirma.
Foram pesquisadas 625 pessoas entre o final de junho e o final de julho de 2020, e foram analisados 87.850 pacientes do NHS (serviço público de saúde do Reino Unido) com diagnóstico de insuficiência cardíaca entre abril de 2018 e março de 2019.
A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração é incapaz de bombear o sangue pelo corpo de maneira eficaz, porque ficou muito fraco ou rígido.
Isso não significa que o coração parou completamente, mas a condição de longo prazo atualmente não tem cura.
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