Rússia envia candidata a vacina contra covid-19 para testes em hospitais
A primeira vacina desenvolvida pela Rússia contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) começou a ser enviada para os hospitais do país como parte da etapa final de testes para verificar a eficiência da imunização, informou o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, na noite de ontem.
Segundo entrevista à agência local de notícias Interfax, o estudo da Sputnik V será feito com "quase 40 mil pessoas", entre equipes de saúde e voluntários.
"Hoje, uma arma digna de nota apareceu no nosso país. Essa vacina está começando a entrar em circulação. Também no site da prefeitura de Moscou é possível se registrar para participar dos estudos clínicos da fase 3", afirmou Murashko.
A vacina russa vem gerando polêmica no mundo político e científico por diversos fatores, entre os principais, a falta de registro na OMS (Organização Mundial da Saúde) e a ausência da publicação de informações científicas sobre as fases iniciais da imunização.
Além disso, o governo da Rússia já autorizou a vacina mesmo sem ter a finalização dos exames clínicos, o que mostra muito mais uma postura política do que científica. No entanto, o presidente Vladimir Putin informou que a vacina é segura e que até mesmo uma das suas filhas é voluntária nos testes.
A Sputnik V é desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia com o apoio dos ministérios da Saúde e da Defesa. O governo russo espera que, a partir de outubro, já ocorra a vacinação em massa da população de maneira gratuita.
Ontem, horas antes da fala de Murashko, Putin comunicou que uma segunda vacina desenvolvida no país, dessa vez pelo Instituto Vektor de Novossibirsk, na Sibéria, deve entrar na fase de testes já em setembro.
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