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Consuelo Blocker: 'Virei influencer aos 47 anos; é a hora de se reinventar'

Reprodução/Conexão VivaBem
Imagem: Reprodução/Conexão VivaBem

Do VivaBem, em São Paulo

04/09/2020 10h30

No Conexão VivaBem desta sexta-feira (4), Consuelo Blocker, 55, contou que decidiu criar seu blog aos 47 anos. Para ela, meio século de vida não é sinal de que é hora de parar, mas sim de começar.

"Eu tenho dois pais que foram muito bem-sucedidos na vida e eu sempre fiquei um pouco na sombra deles, e achei que esse espaço digital ia dar um espaço para a minha voz, e foi o que aconteceu. Você faz o que você quiser aos 50 anos, porque não muda quase nada. A energia ainda está altíssima, aliás, eu acho que é um momento delicioso da vida", disse.

A influenciadora digital comentou que há muitas pessoas da mesma idade que ela no Brasil e, apesar de alguns acharem que não podem mais ser felizes, esse seria justamente o momento para isso, de reinvenção.

Segundo Sergio Serapião, fundador do Lab60+, movimento que tem como foco revolucionar a longevidade, e CEO da Labora, startup de RH focada em criar posições para pessoas acima de 50 anos, o pensamento de que essa idade é o "início do fim" tem um motivo.

Ele explicou que as pessoas não cresceram achando que viveriam 70 ou 120 anos. "Crescemos achando que teríamos apenas uma carreira, uma família e essa vida se esgotava, até outro dia, aos 55 ou 60 anos, era a média etária", disse. Mas essa média subiu drasticamente no mundo e no Brasil e pegou de surpresa essa primeira geração que não estava preparada para isso.

Para ele, diferentemente de Blocker, a maioria das pessoas ainda se vê nessa situação de achar que aos 50 anos a vida acabou. "Pensam que são um cacho que deu a primeira banana e pode cortar, que não tem mais fruto que sai disso aqui. E não é assim. A gente está mais para uma macieira, uma goiabeira que dá vários frutos". A expectativa do brasileiro é de 75 anos e para quem nasce hoje já se fala em 100 anos. "Não é mais uma vida linear que a gente aprendeu na escola. É uma vida que é muito mais complexa".