Tenho diabetes tipo 2, posso fazer jejum intermitente?
Sim, porém é necessário procurar um médico especializado em diabetes para que ele faça uma avaliação criteriosa e verifique se o jejum intermitente pode realmente ser recomendado. Isso porque pacientes que já tenham algumas doenças associadas como insuficiência renal e cardiovasculares, por exemplo, não podem realizar esse tipo de restrição alimentar. A explicação é que o processo de ficar muitas horas sem ingerir alimentos poderia sobrecarregar ainda mais o organismo dessas pessoas que já possuem a saúde debilitada.
E mesmo que a pessoa seja liberada pelo médico, ainda assim é preciso atenção. A começar por fazer uma monitorização contínua da glicose. Dessa forma, é possível verificar se durante o jejum intermitente existem momentos de hipoglicemia, que é a baixa de açúcar no sangue. A queda na glicose acontece geralmente quando o indivíduo fica muito tempo sem se alimentar e tem como sintomas o mal-estar repentino, cansaço, sono e tremedeira.
Uma das tentativas para evitar a hipoglicemia durante o jejum intermitente é deixar o cardápio recheado de carboidratos de absorção mais lenta, como usando alimentos que são fontes de carboidratos complexos e proteínas. Mas o ideal, claro, é procurar um nutricionista para que ele aponte os melhores elementos para entrar na lista diária.
A discussão em torno do jejum intermitente e o diabetes tipo 2 se dá porque a restrição alimentar seria uma forma de alcançar maior perda de peso e melhorar o controle glicêmico. Estudos mostram benefícios do método na prevenção do diabetes, mas não há muitas evidências consolidadas sobre os efeitos em quem já tem a doença.
Para conseguir um equilíbrio no nível de açúcar no sangue e emagrecer a melhor forma ainda continua a boa e velha mudança no estilo de vida. Melhorar a alimentação, seguindo um cardápio que se adapte a rotina, e praticar atividade física regularmente. Além disso, fazer uso do medicamento e da insulina —quando necessária — de forma correta também colaboram com o processo.
Fontes: Amélio Godoy, chefe do serviço de metabologia do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione e professor de pós-graduação em endocrinologia da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro) e membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia); e Mario Kedhi Carra, médico-endocrinologista e presidente da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica)
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