Para presidente da Anvisa, suspensão de testes da vacina é 'fato positivo'
O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vê com tranquilidade a suspensão dos testes da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca.
"O que aconteceu agora com a Oxford foi um fato positivo, o sistema funcionou. O sistema identificou entre dezenas de milhares de voluntários um que apresentou um problema, uma reação que está sendo estudada e em breve teremos respostas", afirmou Antonio Barra Torres em entrevista à CNN Brasil.
Ele explicou os próximos passos da pesquisa: o caso será analisado por uma comissão independente, sem relação com a universidade ou o laboratório.
Antonio Barra reforçou que, até agora, nenhum dos voluntários brasileiros apresentou reações adversas, e disse que novas informações devem chegar nos próximos dias:
"Estamos nas primeiras horas desse evento adverso. Tivemos a comunicação ontem por volta das 19h, então eu quero crer que nas próximas horas ou nos próximos dias teremos informações mais completas."
O presidente da Anvisa negou que a interrupção dos testes da vacina de Oxford tenha algum efeito sobre os testes das outras vacinas contra a covid-19 que estão em realização no Brasil, já que cada uma delas utiliza uma tecnologia específica.
"Uma interrupção como essa não é desejável, claro, mas na medida em que se identifica alguma reação não prevista, que precisa ser melhor esclarecida, o processo precisa ser interrompido. Então é um procedimento que está previsto no desenvolvimento vacinal. Não há que haver desânimo ou surpresa, é algo que pode acontecer"
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