Cigarro eletrônico não é método eficaz para largar tabaco, mostra estudo
Com a "promessa" de ser ser menos nocivo do que o tabaco, os cigarros eletrônicos ou os chamados vapings já viraram bem comum entre jovens e adultos. Em dois estudos recentes, os cientistas confirmaram que esse tipo de cigarro não é uma alternativa eficaz para quem deseja largar o tabaco.
Publicado no periódico Plos One, o primeiro estudo recrutou 2.770 fumantes diários e que estavam tentando parar de fumar durante um ano. Desses, 1/4 usava como método o cigarro eletrônico. Quando questionados se conseguiram largar o vício, 9,6% dos usuários do vaping relataram sofrer abstinência do cigarro e as taxas foram semelhantes entre eles e aqueles que usaram outros métodos ou nenhum.
Ou seja, não dá para dizer que o cigarro eletrônico ajuda nos sintomas de abstinência. "Não encontramos nenhuma evidência, neste grupo representativo de fumantes americanos que estão tentando parar de fumar, que comprovasse a eficácia dos cigarros eletrônicos nesse processo", diz John P. Pierce, um dos autores do estudo.
Já na outra pesquisa, publicada no American Journal of Epidemiology, e feita com 2.535 pessoas que fumavam sempre ou não todos os dias, 17% desse grupo fez uso do vaping. Depois de um ano, 13% deles afirmaram não ter fumado pelo menos durante 12 meses.
"Os resultados obtidos sugerem que os fumantes tentando deixar o vício poderiam ter tido sucesso sem o uso de cigarros eletrônicos, com a vantagem de, mais rapidamente, se verem livres da dependência da nicotina", finalizou Karen Messer, uma das autoras do estudo.
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