Estudo: tratamento estende a sobrevida de pacientes com câncer de próstata
Um estudo publicado ontem (10) no periódico New England Journal of Medicine mostrou que o tratamento com o medicamento darolutamida reduz significativamente o risco de morte de pacientes com câncer de próstata não metastático.
Os dados fazem parte do estudo fase 3 Aramis, que foi realizado em 150 centros distribuídos pelo mundo, entre eles 25 centros de pesquisa clínica no Brasil. Os resultados mostraram que o tratamento atrasa o tempo de progressão da dor provocada pela doença e melhora a qualidade de vida dos pacientes. Os resultados já haviam sido adiantados no Congresso da Asco, que aconteceu em junho.
"Por meio de pesquisas em andamento, estabelecemos a importância de focar os tratamentos em prolongar a vida e limitar os efeitos colaterais para homens que vivem com câncer de próstata. Com os resultados de darolutamida, os médicos têm ainda mais ferramentas para tratar os pacientes com base em suas múltiplas necessidades, incluindo eficácia, retardamento da morbidade e tolerabilidade ao tratamento", afirma Karim Fizazi, professor de medicina do Institut Gustave Roussy, na França, e principal autor do estudo.
Homens que receberam darolutamida mais terapia de privação de andrógeno (ADT) demonstraram uma melhora significativa na sobrevida em comparação com placebo mais ADT, com uma redução de 31% no risco de morte.
Além disso, um acompanhamento da população do estudo, que durou cerca de 29 meses, mostrou que a terapia manteve um perfil de segurança favorável. Por não provocar efeitos colaterais significativos —a fadiga foi o evento adverso que mais frequentemente ocorreu (em 13,2% dos pacientes) e o número de pacientes que suspenderam a medicação por algum evento adverso foi comparável entre darolutamida e placebo—, o tratamento permite que os pacientes mantenham seu estilo de vida ativo. O tratamento também atrasou o tempo para progressão da dor.
Sobre o Aramis
O estudo é um ensaio randomizado de fase 3, multicêntrico, duplo-cego, controlado por placebo que avalia a segurança e eficácia da darolutamida oral em pacientes com câncer de próstata não metastático que estão sendo tratados com terapia de privação de andrógeno e apresentam alto risco de desenvolver metástase.
No estudo, realizado em 150 centros distribuídos pelo mundo, entre eles 25 centros de pesquisa clínica no Brasil, 1.509 pacientes foram randomizados em uma proporção de 2:1 para receber 600 mg de darolutamida por via oral duas vezes ao dia, ou placebo junto com ADT. Pacientes com histórico de convulsão foram permitidos no estudo.
Os resultados publicados anteriormente demonstraram uma melhora altamente significativa no objetivo primário de eficácia de sobrevida livre de metástases, com uma mediana de 40,4 meses para darolutamida mais ADT em comparação com 18,4 meses para placebo mais ADT1.
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