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Bebês de mães estressadas têm batimentos cardíacos acelerados, diz estudo

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Imagem: iStock

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

14/09/2020 16h07

Um novo estudo feito por pesquisadores alemães mostrou que bebês de mães que sofrem com ansiedade ou depressão tinham sinais de estresse mais fortes do que os bebês de mães saudáveis.

Além disso, os bebês que participaram dos testes também apresentaram um aumento significativo dos batimentos cardíacos, o que, segundo os especialistas, pode levar as crianças a sofrerem tensões emocionais ao longo do crescimento.

A interação entre mãe e filho é muito importante no desenvolvimento da criança de uma forma geral, e mulheres que têm algum tipo de transtorno emocional como ansiedade, depressão pós parto, distúrbios de humor, entre outros, pode transmitir tais emoções negativas para o bebê.

Como foi feito o estudo?

  • Foram recrutados um total de 50 mães e seus bebês;
  • Ao todo, foram 20 mães com depressão ou transtornos de ansiedade na época do nascimento e 30 mães saudáveis;
  • As mães foram convidadas a brincar com seus bebês por 2 minutos e, em seguida, interromper toda a interação, mantendo o contato visual. Após mais 2 minutos, as mães retomaram a interação lúdica;
  • Ao longo do teste, os pesquisadores mediram os batimentos cardíacos da mãe e do bebê.

Quais foram os resultados?

Os pesquisadores observaram que durante o período em que a mãe retirava a atenção, bebês de mães ansiosas ou deprimidas tiveram um aumento significativo na frequência cardíaca, em média, 8 batimentos por minuto a mais do que bebês de mães saudáveis.

Esses bebês também foram classificados por suas mães como tendo um temperamento mais difícil do que bebês de mães saudáveis.

"Descobrimos que se uma mãe estava ansiosa ou deprimida, seu bebê tinha uma resposta fisiológica mais sensível ao estresse durante o teste do que os bebês de mães saudáveis. Este foi um aumento estatisticamente significativo de uma média de 8 batimentos por minuto durante a fase interativa", explicou o pesquisador Fabio Blanco-Dormond, da Universidade de Heidelberg.

O próximo passo agora é realizar novos estudos, com uma amostra maior, para poder afirmar que esses resultados são consistentes. Este estudo ainda não foi publicado e nem revisado por pares.