Ampliação da fábrica de vacinas para covid-19 começará em novembro em SP
A ampliação da fábrica de vacinas do Instituto Butantan, em São Paulo, deverá começar a ser construída em novembro. A unidade produzirá a vacina contra o novo coronavírus, entre outras, e deverá ser entregue no segundo semestre de 2021.
O anúncio foi feito nesta segunda (14) pelo governador João Doria (PSDB) em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. O projeto terá o custo total de R$ 160 milhões, dos quais R$ 97 milhões já foram arrecadados em parceria com a iniciativa privada.
"São Paulo fechou hoje mais uma etapa na arrecadação de fundos para a nova fábrica da vacina do Instituto Butantan, a vacina contra covid-19", anunciou o governador paulista. "O governo conseguiu uma arrecadação até o presente momento — em doações privadas, sem nenhuma contrapartida, nenhum benefício fiscal — de R$ 97 milhões em dinheiro."
Segundo Doria, não haverá uma nova instalação para a fabricação da vacina. O dinheiro será investido em obras para oferecer uma estrutura mais moderna para que o Instituto Butantan, da USP (Universidade de São Paulo), possa fabricar a CoronaVac, vacina desenvolvida em parceira com o laboratório chinês Sinovac Biotech.
O acordo do governo paulista com a farmacêutica chinesa para a produção CoronaVac prevê a importação de vacinas ainda neste ano para que, depois da obra, haja produção própria pelo Butantan.
"O projeto executivo já foi contratado para a implantação dessa nova fábrica do Instituto Butantan — lembrando que, fisicamente, a fábrica já existe. Ela será adaptada, ampliada, modernizada e equipada. As obras começam agora em novembro", informou.
"Nossa meta — o custo total para modernização, ampliação e equipamentos desta nova fábrica — tem um total estimado de R$ 160 milhões, dos quais R$ 97 milhões já foram arrecadados e consolidados, o que permite o início imediato da obra para sua execução a partir do dia 1º de novembro", acrescentou.
Prazos
Segundo o governo de São Paulo, a fábrica poderá produzir até 100 milhões de doses por ano, inclusive de outros tipos de vacinas para outras campanhas. Na previsão de Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, a reforma deve ser concluída até o final de 2021, permitindo o local a operar "a plena capacidade" em 2022.
Mesmo com o local ainda em obras, o Butantan poderá começar a produzir a CoronaVac caso ela passe por todos os testes. Segundo Covas, trata-se possivelmente da vacina "mais desenvolvida do mundo em tempos temporais".
"Provavelmente seremos um dos primeiros países do mundo a ter a vacina disponível para a vacinação em massa. O processo de transferência tecnológico já se iniciou", informou, com perspectivas otimistas.
"Todos os sistemas de qualidade estão sendo desenvolvidos e preparados para receber o primeiro lote de matéria-prima em outubro. A partir de outubro, esperamos começar a formular as primeiras doses dessa vacina aqui no Instituto Butantan, e até o final de dezembro, esperamos ter disponíveis para entrega ao nosso Ministério da Saúde as 46 milhões de does já acordadas", completou.
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