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Posso tomar banho depois de me expor ao sol para absorver vitamina D?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

15/09/2020 04h00

Sim. A vitamina D não é produzida na parte superficial da pele. Os raios UVB (ultravioletas B) penetram em camadas mais profundas da epiderme e é aí que ocorre a conversão do nutriente no organismo. Essa crença existe, porque como a vitamina D3 é lipossolúvel, discute-se que tomar banho logo após a exposição ao sol poderia afetar a absorção, já que a água retira a gordura natural da pele. Mas é mito! Pode tomar uma ducha depois do sol sem medo disso reduzir os níveis da substância no corpo.

Por outro lado, para obter bons resultados de vitamina D no organismo, é preciso que a exposição solar seja feita sem nenhum tipo de proteção, como o uso de bloqueadores ou tecidos, por exemplo. Alguns especialistas indicam que braços e pernas estejam expostos no horário em que a incidência de raios solares é maior: entre 10h e 16h. No entanto, não pode ser por muito tempo, já que os raios UV também podem causar desenvolvimento de câncer de pele.

Por isso, para adultos saudáveis de pele branca, é importante não ultrapassar a recomendação de 15 a 20 minutos de banho de sol, três vezes por semana. Para quem tem a pele negra, o tempo é um pouco maior conforme a quantidade de melanina presente, que dificulta a absorção dos raios UV. Mas o ideal é sempre conversar com seu dermatologista antes dessa prática, para ver a melhor orientação para o seu caso.

Para as pessoas que têm algum histórico familiar da doença, ou até mesmo não conseguem ter essa rotina, a alimentação e a suplementação vitamínica podem ser as melhores soluções para manter os níveis de vitamina D regulares. Claro que para isso é preciso procurar um especialista que irá realizar exames e ver as necessidades individuais. No caso do cardápio, alguns alimentos como salmão selvagem, sardinhas e atum em conserva, óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo e cogumelos podem ajudar no fornecimento de uma parte dos níveis diários da substância.

Fontes: André Braz, dermatologista e professor de cosmiatria do serviço de dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro; Fabiana Seidl, dermatologista, especialista em clínica médica e membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia); Francisco Bandeira, professor associado e livre-docente, regente da disciplina de endocrinologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco e membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia); Jacqueline Rizzoli, médica endocrinologista e diretora da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), médica do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas, da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); e Juliana Toma, dermatologista pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

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