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Estudo: Crianças negras e latinas têm mais risco de morrer de covid nos EUA

Crianças negras usando máscaras durante protesto do movimento Black Lives Matter, nos EUA - Boston Globe/Boston Globe via Getty Images
Crianças negras usando máscaras durante protesto do movimento Black Lives Matter, nos EUA Imagem: Boston Globe/Boston Globe via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

16/09/2020 09h59

Um novo estudo realizado pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos descobriu que crianças e adolescentes de grupos minoritários — em especial negros e latinos — têm mais chances de morrer de covid-19 do que crianças brancas que sejam infectadas pelo novo coronavírus.

Juntas, as populações negras, latinas, indígenas, nativos do Alasca e povos originários do Pacífico somam 41% da população dos Estados Unidos com menos de 21 anos. Porém, esses grupos vivenciaram 75% das mortes nessa faixa etária.

De acordo com o CDC, 44% das mortes foram entre crianças latinas e 29% entre crianças negras. Enquanto isso, a taxa de mortalidade entre crianças brancas foi de 14%.

O risco de morte também aumenta para crianças com problemas de saúde anterior à doença e pessoas entre 18 e 20 anos, segundo o CDC.

Ainda assim, o risco de morte para crianças e adolescentes é pequeno. Entre as 190.000 mortes registradas nos EUA, apenas 0,08% — ou 121 — foram relatadas em menores de 21 anos. O relatório mais atualizado do CDC mostra 377 crianças, adolescentes e jovens adultos com até 24 anos de idade morreram de coronavírus.

Isso não significa que as crianças estão imune ao vírus, nem contra o que os especialistas chamam de síndrome inflamatória multissistêmica infantil.

O estudo foi divulgado quando o governo de Donald Trump estuda reabrir as escolas no país.