Coronavírus: novo teste rápido tem eficácia semelhante a PCR, diz UFRJ
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) anunciou nesta sexta-feira (18) que novos testes rápidos de antígenos são eficientes para detectar o novo coronavírus. Antes, somente o teste PCR era dito como total confiável, mas agora os cientistas acreditam que essa nova modalidade tenha a mesma equivalência do RT-PCR.
De acordo com Amilcar Tanuri, virologista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e um dos autores do estudo, a grande vantagem desse novo teste é que, diferentemente do teste rápido de anticorpo, esse verifica a presença do vírus na nasofaringe. "Ele tem a mesma função do PCR, identificando o vírus na fase aguda da doença", diz.
As pesquisas começaram há dois meses e foram realizadas com 2.000 pessoas. Os cientistas analisaram cerca de quatro testes por meio de parceiros internacionais e tiveram bons resultados. "Os testes tiveram boa sensibilidade, de 80 a 90% dos testes que deram positivo no PCR deram o mesmo resultado nesse teste rápido", disse Tanuri.
Outra vantagem, segundo o especialista, é que o novo teste é um pouco menos sensível do que o PCR, já que swab usado na hora da coleta é mais fino do que o convencional. Além disso, o resultado sai em aproximadamente 15 minutos. "É mais eficiente no controle da pandemia, já que poderá ser usado em pacientes com risco maior, ou quem precisa ser submetido a cirurgias ou tem outras doenças mais graves.
A Anvisa já aprovou um dos testes na semana passada e é provável que o exame chegue ao Brasil nas próximas semanas. Ainda não há um valor definido, mas o virologista acredita que os laboratórios sigam os mesmos preços dos Estados Unidos. Lá, testes de antígenos custam de cinco a seis dólares.
Não confunda com testes de anticorpos
Diferentemente do teste de antígenos (que é semelhante ao PCR), os kits rápidos procuram por anticorpos no sangue. Por isso é recomendado fazer, pelo menos, 40 dias após a infecção. Nesse de anticorpos, o objetivo é "caçar" IgM e IgG, anticorpos produzidos pelo corpo após o contato com o Sars-CoV-2.
O IgM começa a ser produzido entre cinco e sete dias após a infecção pelo vírus. Já o IgG é um anticorpo mais específico que permanece circulando mesmo após o fim da fase aguda, indicando que a pessoa está, teoricamente, protegida de futuras infecções.
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