Cai o número de cadastros de doadores de medula óssea na pandemia
Hoje é comemorado o dia mundial do doador de medula óssea. E o Brasil conquistou o posto de terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, com mais de cinco milhões de pessoas cadastradas no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).
No entanto, de acordo com um relatório divulgado pela ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) entre janeiro e junho desse ano, o número de transplantes de medula óssea realizados no país diminuiu quase 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, desde o início da pandemia do coronavírus, o número de doadores de órgãos caiu 34% e o de transplante de órgãos teve uma queda superior a 40%.
Contudo, a expectativa é que haja aumento no número de doadores ainda esse ano. "Para isso é fundamental informar a população quanto aos processos e fluxos seguros dentro de hemocentros e hospitais, e conscientizar que a doação de medula óssea é um gesto de solidariedade que pode salvar vidas", ressalta Bruno Ferrari, oncologista clínico, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas.
Além do declínio das doações devido à pandemia, os pacientes precisam passar por outra barreira: encontrar um doador compatível. Entre pessoas que não são da família, a chance de compatibilidade é de 1 em 500 mil pessoas. Já entre irmãos a chance é de 30%.
Transplante é um procedimento de baixo risco
A doação de medula óssea é um procedimento de baixo risco e, dependendo de alguns fatores, pode ser realizada pelo sangue periférico através de um processo chamado de citaférese ou pela coleta da medula óssea nas cristas dos ossos ilíacos, sob anestesia geral. "É um processo feito em centro cirúrgico que requer internação de 24 horas", explica o hematologista do Grupo Oncoclínicas, Wellington Azevedo.
Como ser um doador?
Para se candidatar é preciso realizar um cadastro como doador voluntário de medula óssea em um dos 106 hemocentros localizados em todos os estados do país. Esses são alguns requisitos:
- Ter entre 18 e 60 anos de idade;
- Estar em bom estado geral de saúde;
- Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.
Após preencher uma ficha com informações pessoais são retirados apenas 10 ml do sangue do candidato a doador a fim de fazer o exame de HLA (histocompatibilidade), que cruza com os dados de pacientes à espera do transplante.
Por fim, é importante que os candidatos sempre mantenham seus dados atualizados, como telefone, e-mail e endereço, para quando houver compatibilidade, eles poderem ser contatados.
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