Caju protege o coração e combate o envelhecimento: veja seus benefícios
Enquanto a castanha-de-caju é bastante valorizada, muitas vezes a polpa desse alimento é jogada no lixo. Como a polpa corresponde a 80 a 90%, podemos dizer que essa parte da sua produção costuma ser desperdiçada. Isso é uma pena, pois a parte alaranjada, que na verdade é considerada o pseudofruto do cajueiro —o verdadeiro fruto da árvore a castanha! — tem potente ação antioxidante.
Isso se dá graças à presença de compostos fenólicos e de grandes porções de vitamina C — são 257 mg em 100 g do fruto in natura e 120 mg em 100 g da polpa congelada, ou seja, mais que 100% das necessidades diárias desse nutriente para adultos.
Além disso, o caju oferece vitaminas A e do complexo B e minerais como cálcio, potássio e ferro. E, como se todos esses atributos não fossem o suficiente para colocar o alimento na sua lista de compras, ele oferece uma boa dose de fibras. Confira abaixo outros ganhos que ele proporciona:
1. Melhora o funcionamento do intestino
Isso porque, o caju é rico em fibras (1,7 gramas para cada 100 gramas do alimento) que estimulam o trânsito intestinal, ajudam na manutenção na microbiota intestinal e colaboram para a formação do bolo fecal. Mas, para que isso aconteça, é essencial tomar água ou o efeito é o inverso, pois as fezes ficam volumosas e ressecadas, o que dificulta a sua saída do corpo.
2. Aliada de quem tem diabetes e o colesterol alto
Mais uma vez são as fibras que estão por trás do efeito. Seu consumo faz com que a glicose quanto o colesterol sejam absorvidos mais lentamente durante a refeição, evitando os picos de ambos, que são maléficos para quem tem diabetes e colesterol alto, respectivamente.
3. É bom para a saúde do coração
O fato de o alimento ajudar no controle do colesterol, por si só, já teria esse efeito, mas ele ainda é rico em antioxidantes, como os flavonoides e carotenoides, que têm ação cardioprotetora, já que combatem os radicais-livres, que podem prejudicar a saúde do órgão.
4. Combate o envelhecimento precoce
Mais um ponto para os antioxidantes. Eles combatem os radicais livres que degradam o colágeno, proteínas que agem na sustentação da pele. Quando essa degradação ocorre, ocasionam-se rugas e flacidez da pele.
5. Turbina as proteções do corpo
Nesse caso a ação é conjunta. A vitamina C aumenta a produção de glóbulos brancos, as células que combatem os micro-organismos que atacam o organismo, e a vitamina A ajuda a modular a ação do sistema imunológico.
6. Ajuda na saúde dos ossos
Os minerais presentes no alimento, como o cálcio e o ferro, deixam os ossos mais fortes, o que pode ajudar na prevenção da osteoporose. O primeiro é responsável pela formação do esqueleto, garantindo a sua resistência. Já o segundo participa do metabolismo ósseo.
7. Dá um gás no ânimo
Nesse quesito a responsabilidade é das vitaminas do complexo B, em especial a B2 ou riboflavina e a B3 ou niacina, pois elas estão envolvidas nas reações que geram energia para o organismo.
Benefícios em estudo
- Combate a acne: um trabalho realizado na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que utilizou a polpa do caju topicamente, revelou que ela tem um bom potencial cicatrizante e antioxidante, o que ajuda a diminuir as erupções e a inflamação.
Como consumir
O alimento é muito utilizado como matéria-prima para sucos ou doces. Mas também pode entrar em cena como ingrediente nas mais diversas receitas, ate mesmo salgadas, como pão, hambúrguer, omelete e pizza. Não há contraindicações para a sua ingestão.
Como conservar
É importante ressaltar que sua polpa é muito perecível. Em temperatura ambiente, permanece intacta por apenas 72 horas. Entretanto, se o alimento for armazenado em bandejas de polipropileno, como costumamos encontrá-los nos supermercados, envolto em filme plástico e estocado e 5 ºC, pode durar até 20 dias. Na hora da compra, o ideal é optar pelos frutos que estão sem danos aparentes, pois isso acelera o seu processo de oxidação.
Fontes: Clarissa Hiwatashi Fujiwara, nutricionista membro do Departamento de Nutrição da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), e coordenadora de nutrição da Liga de Obesidade Infantil do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); e Maria Teresa Salles Trevisan, química da UFC (Universidade Federal do Ceará).
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