Biomarcador prevê Alzheimer por meio dos olhos, aponta estudo
Um novo estudo publicado no periódico Alzheimer's Research & Therapy e feito por pesquisadores dos Estados Unidos indicou que um biomarcador que já é usado no diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas agora é detectável no olho.
Os cientistas acreditam que o biomarcador teria potencial para acelerar diagnóstico das doenças de Alzheimer, Parkinson, entre outras condições.
Como essas doenças ainda não têm cura, para os cientistas, a prioridade é desenvolver formas de diagnóstico rápidas e precoces.
Os biomarcadores são o foco principal da pesquisa de doenças neurodegenerativas, pois são uma forma de detectar a presença de uma doença em estágios iniciais com base em outros sinais do corpo.
Em estudos anteriores já foi demonstrado que a beta amiloide e as proteínas tau são biomarcadores de doença de Alzheimer e foram detectadas no líquido cefalorraquidiano, sangue e no líquido ao redor dos olhos.
Como o estudo foi feito
Para realizar as pesquisas, os médicos coletaram amostras de fluido ocular de 77 pacientes que foram submetidos a cirurgia ocular. Cerca de 63% era do sexo masculino e tinha em média 56 anos.
Os cientistas observaram que os 77 pacientes tinham um filamento existente no corpo celular e nos prolongamentos dos neurônios em seu vítreo, e também níveis mais elevados de biomarcadores associados à doença de Alzheimer, incluindo proteínas amiloide-B e tau.
Os níveis do neurofilamento não foram associados à doença ocular, o que significa que esses níveis parecem não ser influenciados pelas condições clínicas dos olhos que afetam os pacientes.
"Como uma extensão do cérebro, o olho pode fornecer informações importantes sobre o que está acontecendo patologicamente no cérebro", Manju Subramanian, um dos pesquisadores.
"Esperamos que esses resultados adicionem outra maneira de usar as informações sobre o que está acontecendo em diferentes partes do corpo para detectar a presença da doença antes que a neurodegeneração se instale, causando danos irreversíveis. Quanto mais cedo pudermos diagnosticar e tratar essas doenças, melhor será nossos pacientes serão", finalizou o especialista.
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