Meu filho está fazendo tratamento com antibióticos há nove meses; faz mal?
Resumo da notícia
- Em curto e médio prazos, o uso de antibiótico pode levar a diarreias constantes e ao desenvolvimento de gastrite e esofagite
- Em excesso, o medicamento também pode alterar funções do fígado, uma vez que maioria dos antibióticos é metabolizada pelo órgão
- Crianças com doenças crônicas apresentam maior risco de algumas bactérias que vivem no organismo se tornarem resistentes ao antibiótico
- Os remédios são eficazes e seguros, por isso os pais não precisam de tanta preocupação quando o pediatra os prescreve
Sim, o uso excessivo de antibióticos pode causar alguns problemas às crianças. Como esses medicamentos provocam mudanças na flora intestinal, em curto e médio prazo, podem levar ao aparecimento de diarreias, gastrite e esofagite. Além disso, a maioria desses medicamentos é metabolizada pelo fígado. Consumir constantemente o antibiótico, portanto, pode alterar as funções do órgão.
Outro ponto que merece atenção, principalmente para crianças que tenham doenças crônicas —que costumam exigir tratamento frequente com o medicamento —, é o maior risco de algumas bactérias que vivem no organismo se tornarem resistentes ao remédio.
Apesar desses riscos, o antibiótico é seguro e eficaz. Por isso, os pais não precisam se preocupar quando o pediatra o indicar em situações específicas. Mas é importante seguir as orientações médicas em relação à administração do medicamento e ler atentamente a bula, principalmente sobre a diluição do remédio.
Tomado em dose baixa, por exemplo, o antibiótico pode não funcionar, porque não permanece na quantidade certa no sangue para chegar bem aos tecidos. Se não for respeitado o intervalo da ingestão e criança tomar o medicamento antes do horário indicado pelo médico, a concentração da próxima dose pode ficar muito alta e causar toxicidade. Além disso, é precioso sempre respeitar o tempo do tratamento indicado pelo pediatra. Qualquer problema deve ser relatado ao especialista.
Fontes: Cristhieni Rodrigues, infectologista do Hospital Santa Paula, em São Paulo; Marcos Junqueira, professor da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e coordenador de Controle de Infecção Hospitalar do HUPE (Hospital Universitário Pedro Ernesto); Maria Amparo Martinez, pediatra do Hospital 9 de Julho, em São Paulo; Nelson Douglas Ejzenbaum, médico pediatra e membro da Academia Americana de Pediatria.
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